A verdade de pinóquio no futebol

A rotatividade no futebol de hoje há impedido o surgimento de ídolos que tenham sua imagem incorporada à imagem do clube. Em outras palavras: a fusão de imagens como costumo dizer. Não há como separar Gildo da história do Ceará ou como separar Croinha da história do Fortaleza, nos anos 1960. O mesmo posso dizer de Pacoti com o Ferroviário nos anos 1950. Depois deles, outros vieram, mas nenhum com a mesma dimensão dos três citados. No Vasco e no Flamengo, os últimos ídolos remanescentes foram, respectivamente, Roberto Dinamite e Zico. Pronto. Finalizou aí. Fase seguinte a alta rotatividade tomou conta de tudo. Romário, por exemplo, jogou no Vasco, Flamengo e Fluminense. Jogador troca de camisa e beija escudos com a sinceridade de Pinóquio. Agora chega para o Ceará o atacante Rafael Sóbis. Será ele candidato a ídolo maior? Creio que traga boa contribuição, mas dificilmente alcançará a condição de destaques mais recentes como Mota e Magno Alves. Não há como fincar raízes, se efêmeros são os contratos. Foi assim com Gustagol, do Fortaleza. Contribuiu. Passou. Foi embora.

Exemplo

No mundo do futebol, mesmo com a elevada rotatividade dos atletas, ainda há fusão de imagens em casos muito raros. Cito o atacante Lionel e o Barcelona. Messi, com 13 anos de idade, chegou ao time catalão. E lá permanece até hoje. Messi está com 32 anos. Portanto, há 19 anos defende o mesmo clube. É um exemplo. E exceção também.

Momento

O brasileiro, levado pela emoção de momento, é muito de endeusar técnicos e jogadores. Hoje, o técnico português Jorge Jesus é o cara, como diria Roberto Carlos. Depois dele, o técnico argentino Jorge Sampaoli. Sim, ambos demonstraram elevada qualificação profissional, mas há um certo exagero por parte da mídia.

Questionamento

Ainda hoje o técnico Telê Santana é festejado como o melhor técnico brasileiro das décadas de 1980 e 1990. Se tal referência for com relação ao São Paulo, tudo bem. Já com relação à Seleção Brasileira, não se pode dizer a mesma coisa. Telê passou batido. Mesmo com os melhores craques do País, não consegui ganhar nada pela Canarinho. Logo...Estou feliz por poder rever hoje no PV, os finalistas da Copa do Mundo de 94,

Apoteose de uma Seleção que desacreditada por parte da mídia, deu a resposta. Tive a alegria especial ter conversado com o zagueiro Ricardo Rocha no programa A Grande Jogada. Relembrei um importante momento da minha vida profissional.

NÃO SEI NEM SE ESTÁ correto colocar a seta para baixo, mas toda vez que falo na Copa do Mundo de 94, vem a alegria da conquista, mas vem também a saudade de companheiros que dividiram comigo as emoções e que não mais estão entre nós: Carlos Fred, Sérgio Pinheiro e Cezar Rizzo.



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