A resposta e a vantagem do Fortaleza

Confira a coluna desta segunda-feira (3)

Legenda: O Fortaleza venceu o Clássico-Rei válido pelo jogo de ida da final do cearense
Foto: FABIANE DE PAULA

Não lembro de uma sequência de quatro vitórias seguidas do Ceará sobre o Fortaleza ou do Fortaleza sobre o Ceará. Assim, entendi que seria muito difícil o Leão não tomar as providências, visando a evitar o quarto vexame. As providências foram tomadas.

O tricolor assumiu o controle desde o primeiro minuto. Poderia até ter construído um placar muito confortável para o jogo de volta. Chances teve. Uma delas, ainda no primeiro tempo, Lucero recebeu um presente da defesa alvinegra. Perdeu o gol. Outros gols foram perdidos. E assim o Leão deixou escapar a chance de aplicar três a quatro gols de diferença. Iria com ampla vantagem para o jogo de volta. Não vai. A vantagem é a do empate, que não segura ninguém. O Ceará somente reagiu na reta final. E foi mais na coragem, no espírito de luta, que na mudança tática. No abafa, ganhou um pênalti que realmente existiu.

Reduziu para 2 a 1 o placar, mantendo-se vivo para o jogo de volta. Desta vez, o Leão mandou no jogo. Neutralizou com extrema competência os ponteiros do Ceará, Eric e Janderson. Bloqueou a ligação pelo meio e assim isolou Victor Gabriel, que não conseguiu fazer nada. Justa vitória tricolor. 

 

Reabilitação 

 

Thiago Galhardo redimiu-se da bobagem que fez no clássico anterior. Sua participação coletiva foi muito boa. E o passe para Sacha assinalar o primeiro gol foi de quem tem amplo domínio da situação, mesmo num espaço reduzido, com muitos adversários na marcação. É a rapidez da ação que faz a diferença. Não permite que a defesa neutralize. 

 

Alívio 

 

O técnico Juan Pablo Vojvoda certamente ficou aliviado ao obter a vitória. Tenho convicção de que as três derrotas estavam entaladas na sua garganta. O sangue argentino não é capaz de engolir uma sucessão de fracassos, principalmente para um adversário só. Gustavo Morínigo, técnico do Ceará, estava deitando e rolando. Para Vojvoda agora aliviou. 

 

Brigas 

 

Inadmissível o que vem ocorrendo em momentos do clássico. Jogadores se envolvem em confusão. Péssimo exemplo que tem reflexo nas arquibancadas. Jogador é pago para jogar futebol. Se fosse para brigar, no lugar do gramado haveria um ringue. Não se justifica. Não há argumento que justifique qualquer tipo de postura agressiva. 

 

Final 

 

O clássico-rei no próximo sábado será o da decisão. O árbitro deve ter categoria Fifa, impondo-se com autoridade. O Fortaleza tornou favorável para si uma situação que vinha sendo adversa. Mas a decisão está aberta. Dor de cabeça para Gustavo Morínigo, que agora precisa ganhar. Um vaivém como há muito não se via.

Este conteúdo é útil para você?