PSL não tem pressa para definir sua situação eleitoral em Fortaleza; partido pode ser aliado de peso

Presidente da sigla, o deputado Heitor Freire tenta fortalecer a legenda também no interior do Estado

Legenda: Após a crise interna nacional, o deputado federal cearense se afastou do Palácio do Planalto, mas o partido mantém aliados do presidente Bolsonaro
Foto: Fabiane de Paula

O PSL no Ceará diz não ter pressa para definir sua situação eleitoral em Fortaleza. Aqui, o presidente estadual da legenda, deputado federal Heitor Freire, diz que nada está definido. Atualmente, o partido vem dialogando com o pré-candidato Capitão Wagner, mas não descarta a possibilidade de candidatura própria na Capital. Isso, entretanto, poderá ficar para agosto, perto do prazo para as convenções partidárias.

A estratégia de candidatura própria seria uma forma de fortalecer a legenda, que passa por um novo momento após as turbulências internas desde a saída do presidente Jair Bolsonaro.

Antes da Eleição 2018, o PSL era um partido com pouca expressão no cenário nacional. A expansão meteórica com a eleição do presidente Jair Bolsonaro – que entrou no partido para ser candidato a presidente – elevou a legenda a um patamar de destaque no Congresso Nacional.

O crescimento repentino teve seu preço e o partido vai tentando se organizar para a primeira disputa eleitoral depois do início do novo momento.

Sem Bolsonaro, a sigla pretende manter-se no campo da ideologia conservadora e liberal. Os trunfos são o tempo de TV e uma gorda cota do fundo eleitoral para traçar suas estratégias.

De olho no interior

No Ceará, o partido também passou pelo furacão pós-2018. Aqui, houve um racha entre parlamentares e o deputado federal Heitor Freire, que se distanciou do Palácio do Planalto. O PSL, no entanto, não fechou questão contra o governo federal e, atualmente, mantém aliados do presidente.

Agora, Heitor traça um cenário de expansão no interior. Segundo o parlamentar, o partido deverá ter 700 candidatos a vereador no Estado e participação efetiva na disputa pelas prefeituras de diversos municípios em que ele destaca Brejo Santo, Iguatu e pode ser também um aliado de peso na Capital. O pleito deste ano mira no próximo, de 2022.

Passado e futuro

Assim como em Fortaleza, o PT corre o risco de partir para candidaturas isoladas em mais 12 capitais brasileiras, mostrou reportagem publicada, ontem, no Jornal O Globo. A situação reflete os impasses que permeiam as articulações no campo da esquerda: em alguns casos, como é o de Fortaleza, o partido quer apresentar candidatura própria, mas os aliados estão resistentes. O próprio PT também resiste em apoiar candidaturas dos ex-aliados, o que tem gerados os impasses.

Sob o comando de Lula, o PT tem tentado ter candidato no maior número de cidades possível, mas tem o desafio de pensar mais no futuro do que no passado. 

Estudantes

O deputado federal Denis Bezerra (PSB), no seu primeiro mandato, conseguiu aprovar, no Congresso Nacional, uma lei de repercussão em todo o País e em um tema relevante para milhões de estudantes brasileiros. Trata-se da possibilidade de suspensão do Fies, até o fim deste ano, atípico por conta da pandemia do novo coronavírus. A lei foi sancionada na semana passada pelo presidente Jair Bolsonaro e já está em vigor.

Volta da educação

A comissão de Educação da Assembleia Legislativa atua, atualmente, em duas frentes: cobrar a aprovação do novo Fundeb, em Brasília, e organizar um protocolo para a retomada das atividades presenciais das escolas. O presidente, Queiroz Filho (PDT), quer realizar uma audiência pública.

 



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