Prefeito vai à Câmara detalhar obras que serão entregues em 2020

Legenda: O prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, é um dos contaminados
Foto: Foto: Fernanda Siebra

Na próxima segunda-feira (3), o prefeito Roberto Cláudio e o seu secretariado irão à Câmara Municipal para a reabertura dos trabalhos legislativos no último ano de gestão. Faz parte do protocolo que o chefe do Executivo participe da abertura dos trabalhos, levando a mensagem governamental de balanço das atividades do ano anterior e das perspectivas para o novo ano. Neste caso, porém, não será um ato corriqueiro.

O prefeito vai levar à Câmara o detalhamento de um conjunto de investimentos que chega a 160 intervenções em diversas áreas, para mostrar a força de uma máquina administrativa que chega ao oitavo ano de gestão com um volume de R$ 1,5 bilhão em caixa para investimento. Por tabela, vai mostrar o peso político do prefeito que vai tentar eleger o seu sucessor. Mesmo ainda sem um nome definido, a aposta vai ser nas realizações da administração para manter o PDT no comando da principal cidade que governa no País. A disputa não será fácil.

Força dos números

Se for falar de todo o pacote, o prefeito exigirá dos vereadores uma concentração extra, pois o discurso será longo. Constam grandes intervenções como a entrega da requalificação da Av. Beira-Mar, três hospitais, entre eles o IJF 2, seis obras viárias como a duplicação da Av. Sargento Hermínio e a entrega do viaduto sobre a BR-116, na Av. Raul Barbosa, 30 areninhas, 26 centros de educação infantil, 22 projetos de saneamento e pavimentação e 20 obras de urbanização em áreas carentes.

Câmara no Centro

Também na próxima segunda, o presidente da Câmara, Antônio Henrique deve anunciar a convocação dos 31 servidores aprovados no concurso realizado pela Casa no ano passado, conforme esta coluna havia antecipado em dezembro. O presidente deve confirmar também o prosseguimento dos trabalhos para a transferência da Câmara Municipal para o Centro da Cidade, no prédio do Lord Hotel. Aguardando detalhes orçamentários, o projeto deve mesmo sair do papel.

O tamanho do cobertor

Só com a Previdência Estadual, entre o déficit do sistema e a contribuição patronal, o Governo do Estado gasta R$ 3,1 bilhões por ano, mais do que investe, individualmente, em áreas como Saúde, Educação e Segurança. Somando os profissionais de Saúde e Segurança que aguardam reestruturação das carreiras, são 38 mil servidores. Mas o Estado precisa dar assistência a 9 milhões de habitantes, sendo que um terço sobrevive com R$ 89 mensais. Mais de 80% da população são atendidos exclusivamente pelo sistema de saúde pública e cerca de 82% dos jovens matriculados são na escola pública.

Saúde financeira

Os dados acima, do próprio Estado, foram fornecidos em resposta às mensagens recebidas por esta coluna de servidores, principalmente da área da Segurança Pública, a respeito do assunto abordado neste espaço, na edição de ontem, sobre a reestruturação das carreiras que aguarda o carimbo do governador Camilo Santana. O Governo do Estado, em resposta à coluna, promete que haverá melhorias, mas que os parâmetros para a possível implementação é a saúde financeira do erário.