Antes da coletiva do presidente nacional do PDT, André Figueiredo, para destituir Cid Gomes do comando estadual do partido, circulava entre os pedetistas cearenses um documento de um dos braços culturais do Partido, o Movimento Cultural Darcy Ribeiro (MCDR).
Na carta de desagravo, o coletivo fez duras críticas ao senador Cid Gomes, até então, presidente estadual do PDT pelo episódio ocorrido na noite de sexta-feira na reunião do diretório estadual.
As divergências começaram quando Cid tentou votar uma moção de apoio ao governo Elmano de Freitas, o que gerou reação daqueles que são contrários à medida.
A reação do movimento cultural tem a ver com o bate-boca do senador cearense com Roberto Viana Júnior, um filiado histórico do PDT, na referida reunião. A discussão foi áspera e fez com que o presidente nacional André Figueiredo também intervir no embate.
Segundo a nota, Cid agiu com autoritarismo. A atitude, reforça, “merece o rechaço de todos os trabalhistas que prezam pela pluralidade de ideias e pelo respeito à militância, preconizada ao longo do Estatuto do PDT, nos documentos trabalhistas e nas experiências históricas que forjaram a própria História do Trabalhismo Brasileiro”.
O documento se solidariza com Roberto Viana, que lidera o coletivo, e com André Figueiredo após o embate entre correligionários. “Sozinho, Viana vale muito mais do que os seus detratores que, contrariados na divergência das suas posições, utilizaram os argumentos ad hominem para aviltar a imagem de um militante”, diz a nota.
Em relação a Figueiredo, o MCDR diz que o dirigente tomou atitude “enérgica em defesa dos militantes e quadros do próprio Partido”.
Climão, que só se confirmou com a decisão de destituição.
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