Estado deve buscar empréstimo em meio à crise do coronavírus

O Estado do Ceará deve aproveitar a boa reputação e a capacidade de endividamento ainda confortável para ir ao mercado em busca de crédito, em meio à pandemia. Atualmente, o Ceará é um dos poucos estados brasileiros com crédito sem dificuldade, considerando inclusive instituições internacionais.

A capacidade de endividamento permite a contratação de até R$ 1,5 bilhão, segundo do deputado federal Mauro Filho (PDT), secretário de Planejamento licenciado do Estado. Com a perspectiva de queda de 30% na arrecadação, dificilmente haverá alternativa, mesmo com a providência de reduzir custeio e congelar salários dos servidores. Medidas de socorro aos estados estão em análise no Congresso.

Dobradinha I

Dois senadores cearenses, Tasso Jereissati (PSDB) e Cid Gomes (PDT) observam com restrições as discussões sobre um possível adiamento das eleições 2020. Ambos admitem, em caso de persistência da crise até junho, discutir o assunto, entretanto, com ponderações.

Tasso considera ruim para o País a quebra da normalidade democrática. Cid concorda e acrescenta ser favorável, caso não haja alternativa. Não deve haver prorrogação de mandatos, defende Cid.

Dobradinha II

Cid e Tasso também concordam na crítica à postura do presidente Jair Bolsonaro no enfrentamento da pandemia do coronavírus. Para Tasso, o presidente insiste em um "comportamento errático" que leva insegurança às pessoas. Já Cid diz que Bolsonaro tem demonstrado "despreparo" e "irresponsabilidade. Para ele, o momento de pandemia "tem deixado isso ainda mais evidente". "É grotesco", acrescenta o parlamentar cearense.

Retorno

Cid Gomes, por sinal, está reassumindo sua cadeira no Senado Federal, após licença de quatro meses. Volta à suplência, Prisco Bezerra. Apesar dos contratempos, o senador considera que o PDT conseguiu e organizar para esta eleição.

"Estamos preparados para ter candidaturas competitivas em 100 municípios cearenses".

Pode e deve, mas...

Pegos de surpresa com a pandemia do coronavírus e o recrudescimento das necessidades da população mais pobre, prefeitos do Interior dizem ter as mãos atadas pelas regras eleitorais que dificultam, por exemplo, a distribuição de cestas básicas no ano eleitoral. O promotor Igor Pinheiro, entretanto, diz que não há motivo para a celeuma. Os gestores devem prover os pobres. O que não pode é promoção pessoal. É isso!