Após “bronze” no atletismo, Ceará pode ter mais medalhas em Paris

Semana das paralimpíadas promete novas emoções para os atletas cearenses

Legenda: Henrique Barreto, natural de Jaguaretama e revelado na Universidade de Fortaleza (Unifor), foi bronze ao guiar o sul-matogrossense Yeltsin Jacques, nos 5000 metros da classe T11
Foto: Reprodução: Redes Sociais

Em dois dias de Jogos Paralímpicos de Paris 2024, a primeira medalha cearense já saiu. Pelo menos, “moralmente” falando. Henrique Barreto, natural de Jaguaretama e revelado na Universidade de Fortaleza (Unifor), foi bronze ao guiar o sul-matogrossense Yeltsin Jacques, nos 5000 metros da classe T11, na manhã desta sexta-feira, 30.

“Moralmente” porque, por uma regra absurda da Paralimpíada, quando um atleta decide usar dois guias no atletismo, nenhum deles recebe medalha em caso de pódio. Yeltsin começou a prova sendo guiado por Henrique. Na metade final, o fluminense Guilherme dos Santos assumiu essa função. Se tivesse sido guia único, o cearense teria sido laureado.

Legenda: Henrique ao lado do sul-matogrossense Yeltsin Jacques
Foto: Foto: Wander Roberto/CPB

Na segunda-feira, 2, Yeltsin compete nos 1500 metros e deve ter Guilherme como guia mais uma vez, portanto a participação de Henrique chegou ao fim em Paris – se não houver mudança de planos do sul-mato-grossense quanto ao parceiro escolhido.
 

Maciel começa bem

Outro cearense também estreou bem na Paralimpíada: o veterano Maciel Santos, de Crateús, acumulou três vitórias em três partidas na primeira fase da classe BC2 da bocha (para atletas com paralisia cerebral que não recebem assistência).

Assim, o cearense avançou direto às quartas-de-final, que ocorrem neste sábado, 31, às 13h25 (de Brasília), contra adversário a ser definido. 
Na terça, 3, ele volta à pista para o início das disputas por equipes mistas, com atletas das classes BC1 e BC2 (que une atletas com diferentes níveis de comprometimento cerebrais). As disputas de medalha por equipes ocorrem no dia 5.

Maciel já tem três medalhas paralímpicas desde Londres 2012, sendo um ouro e um bronze individual e uma prata por equipes mistas.

Missão difícil

Eugênio Santana Franco fez sua estreia paralímpica na classe W1 do tiro com arco, para atletas com deficiências em três ou quatro membros. Natural de Beberibe, ele ficou em 11º lugar entre 13 atletas e disputa as oitavas neste sábado, 1º, às 5h08: vai encarar o norte-americano Jason Tabansky, que foi o sexto no ranqueamento. Caso avance, tenta chegar às disputas de medalhas ainda amanhã.

Na segunda, 2, às 4h40, Eugênio disputa as quartas do torneio de equipes mistas, ao lado de Juliana Ferreira, contra a dupla da República Tcheca. Os brasileiros ficaram em 7º no ranqueamento, enquanto os rivais somaram a segunda maior pontuação. Se passar, eles também disputam medalhas no mesmo dia.

Edênia será a última a estrear

Legenda: Edênia Garcia, ouro na natação 50m costas S3
Foto: Foto: Reprodução

Aos 37 anos, Edênia Garcia vai à sexta paralimpíadas dela e será a última a estrar entre os cearenses. Natural do Crato, ela competirá na classe S3, para atletas com deficiência motora de alto grau no tronco e nas pernas.

Na segunda 2, às 4h30, ela nada as eliminatórias dos 50m costas. Já na terça, 3, às 5h51, compete na classificatória dos 100m livre. Em ambos os casos, Se avançar, disputa as finais no mesmo dia, à tarde.
Edênia é dona de três medalhas paralímpicas entre Atenas 2004 e Londres 2012, sendo duas pratas nos 50m costas e um bronze nos 50m livre.

RÁPIDAS

Thiago no US Open

O cearense Thiago Monteiro disputa nesta sexta, por volta das 15h30, a 2ª rodada de duplas do US Open, último grand slam do ano no tênis. Ao lado do argentino Mariano Navone, ele encara os alemães Krawietz/Puetz.
Na última segunda, o brasileiro foi eliminado na 1ª rodada da chave de simples, ao perder para o francês Ugo Humber (cabeça-de-chave nº 18), por 3 sets a 0.

Bia faz história

Bia
Legenda: Bia Haddad avançou à 3ª rodada do US Open
Foto: RYAN LIM / AFP

Bia Haddad avançou à 3ª rodada do US Open, condição que uma brasileira não alcançava em Nova Iorque desde a lendária Maria Esther Bueno, em 1976. Neste sábado, 31, a paulista encara a russa Anna Kalinskaya, nº 15 do mundo, em duelo que promete ser duríssimo.

Melhor marca da vida

Matheus Lima terminou em 6º lugar os 400 metros com barreiras da etapa da Silésia da Diamond League no último domingo, 25. 
A marca de 48s12 foi melhor da vida do atleta cearense, de apenas 21 anos. Com esse tempo, ele teria entrado na final olímpica em Paris (Matheus foi semifinalista).