Xico Graziano: Nordeste será a nova fronteira do agro brasileiro

A oferta de água é condição “sine qua non”, mas este não é, nem será problema, pois os estados nordestinos têm ao seu lado o Oceano Atlântico, lembrou o agrônomo e consultor a empresários cearenses, aos quais falou por vídeo conferência.

Especialista em agropecuária, o agrônomo Xico Graziano, que já presidiu o Incra, deixou felizes os 32 empresários cearenses que, por vídeo conferência, o ouviram falar sobre o tema durante quase duas horas na noite de terça-feira, 23.

Atentem para o que ele anunciou: a nova fronteira do agronegócio brasileiro será a região Nordeste, cujo semiárido tem solo mais rico do que o dos desertos da Austrália e da Tunísia, onde a produção agropecuária avança, graças à melhor tecnologia. 

De acordo com Graziano, a primeira fronteira agrícola do Brasil foi o Centro-Oeste; depois, o Oeste da Bahia; em seguida, veio a região do Matopiba (acrônimo formado pelas iniciais do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia).

Agora, será a vez do Nordeste Setentrional, mais precisamente o semiárido de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará. 

Ele chamou atenção para alguns fatores que sustentam seu prognóstico, o primeiro dos quais é a existência, na região, de energias renováveis (eólica e solar, principalmente), cujos custos, pelo avanço tecnológico, estão ficando mais baratos do que os da energia hidráulica. 

A oferta de água é condição “sine qua non” – disse Xico Graziano, mas este não é nem será problema, pois os estados nordestinos têm ao seu lado o Oceano Atlântico. 

“É só dessalinizar as águas do mar, e para isso também há tecnologia disponível. Aliás, Fortaleza já deveria estar sendo abastecida pela água dessalinizada do Atlântico”, disse ele, dando pandinhas na mesa e pondo ênfase em suas palavras. 

Mais adiante, incentivado pelos polegares erguidos dos empresários que lotavam o auditório virtual, Graziano previu o seguinte para pouco tempo: 

“Vocês, nordestinos, serão também, exportadores de mel, porque o mundo quer mel, assim como o Brasil todo será exportador de leite e queijos, porque o mercado consumidor mundial está a exigir mais lácteos”. 

Os pecuaristas que acompanharam a vídeo conferência saíram dela sorrindo.  

LABORATÓRIO

Com o apoio da Agência Nacional de Saúde (Anvisa), foi criada pela Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial, em parceria com a Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina, uma força-tarefa para a análise e avaliação da qualidade e eficiência dos testes rápidos da Covid-19. 

Agora, o detalhe: nas regiões Norte e Nordeste, o único escolhido para integrar essa força-tarefa foi o laboratório cearense Emílio Ribas Medicina Diagnóstica. 

CEARENSE

Juntaram-se a Fiec, a Faec, a Fecomércio, a Fetrans e o Sebrae para lançar nesta quinta-feira, 25, a campanha “Compre do Ceará”. 

O objetivo da iniciativa é estimular os cearenses a consumirem produtos produzidos aqui no Ceará. 

Muitos desses produtos receberão um selo que atestará sua origem cearense. 

A indústria e a agropecuária do Ceará produzem leite e toda a sua linha de derivados, massas, bolachas, biscoitos, doces, mel, frutas, flores, legumes, móveis, peixe, camarão, lagosta, aço, mármore, granito, ovo, carne bovina, suína e de frango, fios de algodão e de poliéster, tecidos, roupas, colchão, calçados e mil e um outros produtos.

"E todos de qualidade internacional", como afirma o presidente da Fiec, Ricardo Cavalcante. 

MEDO

Está assustado quem trabalha e produz na Região Metropolitana de Fortaleza, onde prosperam a ação e os negócios das facções criminosas que vivem do tráfico de drogas.

Elas agoram avançam seus domínios no rumo do entorno dos bairros da Aldeota e do Meireles, onde parecem que fincaram suas bandeiras.

Nas madrugadas, há intensa queima de fogos de artíficio, celebrando novas conquistas territoriais e de mando.

Vale lembrar: este é um ano eleitoral. 



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