Supermercado cearense tem poucas ausências de funcionários e nenhum óbito

Rede de lojas do varejo supermercadista cumprem rígido protocolo de segurança. Os clientes, obrigatoriamente, usam máscara de proteção.

Os setores da atividade econômica que, no Ceará, estão desde março autorizados a funcionar nesta pandemia do novo coronavírus operam normalmente, mas respeitando rígidos protocolos. Supermercados, farmácias e indústrias registram baixo índices de funcionários infectados.

Esta coluna conversou na manhã desta quinta-feira, 21, com dois empresários do varejo: Severino Ramalho Neto, sócio e CEO da rede Mercadinhos São Luís, e Honório Pinheiro, também sócio e CEO da rede Supermercado Pinheiro, ambos com lojas em Fortaleza e em cidades do interior do Estado.

No Mercadinhos S. Luís, conforme informou Severino Neto, o número de funcionários que apresentaram sintomas e foram afastados, mas sem necessidade de internação hospitalar, é relativamente baixo, algo como 10% do seu quadro de pessoal.

A empresa tem 2.200 colaboradores.

Na rede Pinheiro Supermercados, com 1.714 colaboradores, cerca de 300 apresentaram sintomas, “nenhum dos quais, porém, precisou de ser hospitalizado”, como informou Honório Pinheiro, que acrescentou: “Daqueles 300, temos ainda 150 funcionários em recuperação em suas casas”.

Severino Neto e Honório Pinheiro disseram que, em suas lojas, os funcionários e os clientes cumprem rígido protocolo de segurança, desde o obrigatório distanciamento até o número limite de pessoas que devem circular pela loja, fazendo compras.

O protocolo estende-se, também, para o lado de fora da loja, onde os clientes, em fila, aguardam a vez de entrar, mantendo uma distância de dois metros entre eles.

Além disso, o Supermercado Pinheiro instalou nas portas de entrada um lavatório automático para que cada cliente, antes de entrar nela, lave as mãos com sabão. Dentro da loja, há álcool gel à disposição da clientela, o mesmo que também é oferecido pelo Mercadinhos S. Luís.

Severino Neto revela que o cearense, ao contrário do que se imagina, “é um povo educado, e isto pode ser visto no seu comportamento, pois ele usa máscara de proteção contra o vírus e passa álcool gel nas mãos antes de entrar na loja”.

Os dois empresários informam que as vendas pelos aplicativos de suas redes de supermercados cresceram bastante, “mas a compra presencial ainda prevalece”.

Neto e Pinheiro entendem que, “obedecidos os protocolos de segurança”, outros setores da economia do Ceará já podem ser reabertos, mas admitem que o governador Camilo Santana, ao decidir pela prorrogação do isolamento social rígido até o dia 31 deste mês, levou em conta a opinião de sua equipe de saúde.

A rede de farmácias Pague Menos, que tem 20 mil colaboradores em todos os estados do País, também opera normalmente, sem o registro de qualquer óbito no seu quadro de pessoal, como já informou seu fundador, empresário Deusmar Queirós. As cerca de 1.200 lojas da rede cumprem, também, o protocolo de segurança, e este é um dos motivos para essa estatística.