Superavitária, Cagece terá parceiro privado em 2022

BNDES elabora modelo de PPP para a universalização da rede de esgoto sanitário. O universalização da rede de água já foi alcançada. E mais: 1) Reitor da UFC pede aulas na escola pública; 2) Loja cearense cria seu próprio e-commerce; 3) Cearenses voltam a exportar camarão

Companhia superavitária, com nota AA- da agência de risco Fitch, e hoje sob severa administração, a Cagece espera ter, no próximo ano, a parceria de uma empresa privada ou de um consórcio delas para, por meio de uma PPP, dar partida a um projeto que prevê, inicialmente, a universalização dos seus serviços de esgotamento sanitário, inicialmente nas regiões metropolitanas de Fortaleza e do Cariri, no que serão investidos, ao longo de cinco anos, R$ 6 bilhões.
 
(A universalização do serviço de fornecimento de água não é problema: ela já foi alcançada, pois existe em 99% das cidades do Ceará onde a Cagece é sua concessionaria).

Para isso, o BNDES desenvolve os estudos que culminarão com a constituição dessa PPP, para cuja licitação, prevista para o segundo semestre de 2022, já se manifestaram interessadas algumas das maiores empresas privadas do país, segundo informa à coluna o presidente da Cagece, Neuri Freitas, que não tem dúvida do futuro promissor de sua empresa e da economia cearense, “cujo desenvolvimento será sustentável”.

A Cagece, que, dentro de um mês, completará meio século de atividades (foi fundada em 20 de julho de 1971), está presente, hoje, em 151 dos 184 municípios do Ceará.
 
No primeiro trimestre deste ano, sua Receita Bruta Operacional alcançou R$ 428 milhões, ou 9,2% maior do que a do mesmo período de 2020. Esses números, porém, teriam sido maiores se não fosse a pandemia que reduziu a atividade industrial, fazendo cair o consumo de água.

A despesa da Cagece com pessoal próprio correspondeu, no primeiro trimestre deste ano, a R$ 70 milhões, mas o gasto com energia também foi significativo: R$ 27,5 milhões, o equivalente a 6% da receita bruta.

No ano passado, a Cagece tentou tornar-se uma empresa de capital aberto, com ações negociadas na Bolsa de Valores, mas esse plano foi abortado por causa da pandemia. “O plano de ingressar no mercado de capitais foi apenas adiado; em breve, ele estará de volta”, avisa seu presidente Neuri Freitas.

Mesmo não fazendo seu IPO, a Cagece conseguiu levantar R$ 775 milhões com a emissão de títulos de debêntures, no que teve a consultoria da XP Investimentos e do Banco Alfa. 

Todos esses recursos serão utilizados na expansão da rede de esgotamento sanitário de Fortaleza e na melhoria do sistema de abastecimento de água das cidades de Horizonte, Pacajus, Chorozinho, Maranguape, Maracanaú e, ainda, de Jericoacoara e Cumbuco, importantes polos turísticos do Estado.

Até 2025, a Cagece investirá R$ 3,2 bilhões em projetos de saneamento básico e melhoria da rede distribuidora de água. 
Esta coluna falará mais, ainda, sobre a Cagece, que elaborou e está implementando um ousado plano de investimentos.

SOLAR MAGAZINE CRIA SEU PRÓPRIO E-COMMERCE

Com 45 lojas de móveis e eletrodomésticos espalhadas pelo Ceará e o Rio Grande do Norte, a rede Solar Magazine, com sede em Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza, e fundada pelo casal empreendedor Maria Ozanira e José Honório Cordeiro, está a celebrar 32 anos de atividades no comércio varejista regional.

Por causa das limitações impostas pela pandemia da Covid-19, a Solar Magazine teve de adaptar-se aos novos tempos e às novas exigências do consumo, criando, no ano passado, sua própria estrutura de e-commerce, cujo acesso é pelo seu site www.solarmagzine.com.br 

Detalhe: uma boa parte dos clientes da rede compra através do WattsApp dos vendedores das lojas, outra novidade que surgiu como consequência das restrições causadas pela pandemia.

PIAUI E MARANHÃO PRIVILEGIAM A SOJA

Observem o poder do livre mercado nas decisões do agronegócio: o vizinho estado do Piauí reduziu de 17.289 hectares para 9.933 hectares a sua área plantada de algodão.
 
Ao seu lado, o Maranhão fez o mesmo: diminuiu de 27.526 hectares para 25.479 hectares a área cultivada de algodão.
 
Por que? –  é a pergunta natural.

Porque preferiram ampliar a área plantada de soja, cujo preço é hoje muito mais vantajoso do que o do ouro branco.

O Mato Grosso e a Bahia foram na mesma trilha e tomaram idêntica providência.

Quando – e se – o preço do algodão melhorar, eles tomarão outra decisão.

CEARENSES EXPORTARÃO CAMARÃO PARA EUA

As cearenses Itaueira Agropecuária e Samaria Camarões, que produzem camarão no vizinho Rio Grande do Norte, estão prestes a iniciar exportação para os Estados Unidos, retomando um negócio que está paralisado há mais de cinco anos.
 
Além dos Estados Unidos, as exportações de camarão também deverão alcançar os mercados da Europa e da Ásia, com a China e o Vietnã no meio, para o que os ministérios da Agricultura e das Relações Exteriores vêm emprestando grande colaboração.
 
Essa exportação será feita distintamente. 

A Itaueira alinhou-se a um grupo de oito empresas potiguares da carcinicultura, todas elas associadas à Camarão BR, entidade que, presidida pelo cearense Cristiano Maia, dono da Samaria Camarões, congrega todos os maiores carcinicultores do país, principalmente os do Nordeste. 

As exportações do grupo ao qual está integrada a Itaueira serão de camarão fresco, processado, congelado e embalado com a marca Brazilian Shrimp, versão inglesa do Camarão BR.

A Samaria Camarões, por sua vez, está, unilateralmente, reativando entendimentos com seus antigos clientes norte-americanos, devendo iniciar os embarques do seu camarão para os EUA no início do segundo semestre.

No Rio Grande do Norte, que hoje concentra a maioria dos grandes carciniculores brasileiros, respondendo por mais da metade do que é produzido em cativeiro no país, organizaram-se – alguns em forma de cooperativa – vários grupos de empresas produtoras de camarão, que já iniciaram suas exportações para o mercado norte-americano. 

SHALON PROMOVERÁ CONGRESSO LATINOAMERICANO 

Por vídeo conferência, a Comunidade Católica Shalon, com sede em Fortaleza e representações em dezenas de países, promoverá nos próximos dias 26 e 27 o Congresso Latinoamericano das Famílias, que terá como convidado especial e palestrante ninguém menos do que o Cardeal Kevin Ferrell, Carmelengo (administrador) da Santa Igreja Católica Romana e ainda Prefeito do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida.

O objetivo do congresso – cujo tema central será “O Amor Vencerá Tudo” – é vivenciar uma verdadeira visita de Jesus a todos os lares. O Papa Francisco vem dizendo que “a imagem de Deus está na família, se reflete no homem e na mulher, no amor conjugal”.

Neste tempo de pandemia, enfatiza o Papa Francisco, em meio a tantas dificuldades psicológicas, econômicas e sanitárias, tudo isso tornou-se evidente: “Os laços familiares foram e continuam sendo duramente colocados à prova, mas permanecem ao mesmo tempo o ponto de referência mais firme, o apoio mais forte, a proteção insubstituível para a estabilidade de toda a comunidade humana e social”, afirma o papa.

REITOR DA UFC PEDE CRIANÇAS DE VOLTA ÁS AULAS

Reitor da Universidade Federal do Ceará, o professor Cândido Albuquerque publicou, numa rede social, um artigo que adverte para a situação em que se encontram as “crianças economicamente vulneráveis”, ou seja, alunos da escola pública, que “estão há mais de um ano sem aula presencial”.

“Não adotar medidas que asseguram o retorno às aulas presenciais é crime”, diz o reitor da UFC, que acrescenta:

“Podem me chamar do que quiserem, mas decidi dar voz aos jovens ‘sem escola’. Como explicar que não voltem às aulas presenciais, se os professores já foram vacinados?”, desabafa o professor Cândido Albuquerque.

“Os ricos, bem ou mal, estudam de forma remota. Os pobres, filhos de pobres, morando em pequenas casas, quase amontoados, não podem sonhar com o mundo virtual, ainda que ganhem equipamentos. Continuarão cada vez mais distantes das oportunidades da vida. Estão sendo mortos pelo analfabetismo. Chega! Analfabetismo mata”, finaliza o reitor da UFC.

FIEC TRATA DA SANÇÃO DAS MPS DO FINOR E FINAM

Presidente da Fiec e da Associação Nordeste Forte, Ricardo Cavalcante reuniu-se, pelo modo online, com o ministro-Chefe da Secretária-Geral da Presidência da República, Onyx Lorenzoni, com quem tratou da sanção presidencial das Medidas Provisórias 1016/2020 e 1017/20, aprovadas pelo Congresso Nacional, que permitem a renegociação das dívidas dos Fundos Constitucionais, incluindo o Finor. 
 
Foi reforçada a necessidade de manutenção do artigo 3º da MP 1016, que trata especificamente dos fundos constitucionais.
    
O artigo 3º da Medida 1016/20 trata das questões relativas à viabilidade da proposta, como os descontos que serão aplicados nas renegociações. 

Essa MP prevê a renegociação extraordinária de dívidas junto aos Fundos Constitucionais do Norte (FNO), do Nordeste (FNE) e do Centro Oeste (FCO), com descontos de até 90% para quitação do débito.

A MPV está prestes a ser sancionada pelo presidente da República.

A expectativa é de que o presidente sancionará a Lei, sem vetos.

Participaram do encontro, também, o primeiro vice-presidente da Fiec, Carlos Prado, e presidentes de outras federações de indústrias do Nordeste, além dos deputados federais cearenses Danilo Forte e Júlio César. 
  
TERMINA HOJE PRAZO PARA PAGAR IPVA

Atenção! Inorma a Secretaria da Fazena que a quinta e última parcela do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) 2021 vence nesta quinta-feira (10/6). 
O boleto de pagamento pode ser emitido pelos aplicativos Ceará App e Meu IPVA ou pelo site da Secretaria da Fazenda.

O Documento de Arrecadação do Estado (DAE) será gerado mediante a informação do chassi do veículo ou do Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam) e da placa. 

A rede autorizada a receber o imposto inclui os bancos Caixa Econômica, Bradesco, Banco do Brasil (BB), Banco do Nordeste do Brasil (BNB), Santander, Itaú e casas lotéricas. 
Há também a opção de pagar o IPVA com cartões de crédito vinculados ao Banco do Brasil ou Bradesco.

Até agora, 904 mil contribuintes pagaram as quatro primeiras parcelas do IPVA, o que representou uma arrecadação em torno de R$ 495 milhões. 

Outros 516,5 mil donos de veículos quitaram o IPVA em cota única, resultando no ingresso de aproximadamente R$ 273 milhões nos cofres estaduais.

 



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