Startups de Aquiraz farão pulverização aérea com drones

Segundo o industrial José Dias, que lidera o projeto do Polo Empresarial de Aquiraz, a Lei que proíbe pulverização aérea no Ceará não se aplica a defensivos orgânicos, só aos químicos.

Antes que seja escolhido o terreno em que será erguido o Polo Empresarial da Primeira Capital, em Aquiraz, duas startups – empresas emergentes que propõem o desenvolvimento de negócios inovadores – deverão antecipar sua instalação e funcionamento naquele município da Região Metropolitana de Fortaleza.

Como esta coluna já antecipou, elas atuarão na área do agronegócio, produzindo defensivos agrícolas orgânicos para os diferentes ramos da agricultura, entre eles o da fruticultura e o das hortaliças.

Para isso, serão instaladas em terrenos distintos, ou seja, fora da área do Polo Empresarial. 

Todavia, há uma lei estadual, sancionada pelo governador Camilo Santana, proibindo a pulverização aérea sobre culturas agrícolas em toda a geografia cearense, mas ela não será obstáculo para as duas startups.

“Sim, há essa proibição, mas ela não se aplica a defensivos orgânicos”, disse o empresário José Dias, que tem experiência na indústria química e lidera um grupo de mais de 30 colegas empresários da indústria e do comércio cearenses que, com as autoridades da Prefeitura de Aquiraz, toca o projeto do Polo Empresarial."

Dias disse, ainda:

“A pulverização aérea com defensivos orgânicos a serem produzidos pelas startups será feita não por aviões agrícolas, mas por drones, cuja locação e cujo uso pertencem a uma segunda startup que se agregou à primeira. 

Em seguida, ele, explicou, didaticamente: 

“Fertilizantes e defensivos agrícolas químicos, por serem volumosos, necessitam obrigatoriamente de aeronaves para aplicação em grandes áreas. Fertilizantes e defensivos biológicos, porém, são ‘concentrados’ e podem ser utilizados por drones para combater as pragas em áreas de qualquer dimensão, ao mesmo tempo e reduzir os custos de produção. Tem mais: fertilizantes e defensivos agrícolas biológicos têm, como resultado final,  produtos certificados como orgânicos, cujo valor de mercado é  bem superior aos tradicionais.”

Esta coluna pode informar que há grandes investidores interessados em financiar o projeto das duas startups, uma vez que, para atender a demanda das grandes empresas agrícolas do Ceará e do Nordeste, principalmente as da fruticultura, a produção dos defensivos orgânicos terá de ser em escala.



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