Sob tempestade de notícias ruins, fica difícil para o empresário investir

No Brasil, tudo funciona normalmente, mas - pelo que se lê, ouve e vê - é como se nada funcionasse. As divergências fazem parte do jogo democrático.

Pelo que lê, ouve e vê hoje na mídia sobre o Brasil, ao longo das 24 horas do dia, só um empresário louco ou desinformado investiria neste momento em algum negócio neste país bonito por natureza e rico de tudo, a começar pelo talento criativo do seu povo trabalhador e pela sua biodiversidade, invejada pelo mundo inteiro. 

É como se no Brasil não houvesse mais governo, sua imprensa estivesse sob censura, seu Parlamento fechado, os líderes da oposição proibidos de andar nas ruas e de falar o que pensam e o Poder Judiciário interditado. 

Não é no Brasil que isto acontece. 

Aqui as instituições - todas elas - funcionam normalmente. As divergências são parte do jogo democrático.

Há, porém, um novo normal, mas causado pela pandemia do coronavírus, que segue matando pessoas e destruindo empresas e empregos. 

Há uma crise sanitária contra a qual o governo se mobilizou, empenhando cerca de R$ 1 trilhão do seu orçamento, deficitário desde 2015. 

O País enfrenta uma situação de calamidade pública para cujo enfrentamento, conforme a Lei, dispensam-se as licitações. 

Aí entra o “normal tradicional” da gestão pública brasileira – com as poucas exceções que confirmam a regra. 

Na calamidade, sugere a tradição, o importante é comprar, gerando – para citar um só caso - a oportunidade para que uma loja de vinhos de Manaus importe da China e forneça ao governo do Amazonas, por preço bem maior do que o do mercado, respiradores mecânicos - o equipamento mais disputado nesta guerra pandêmica internacional. 

E gerando, ainda, a incrédula notícia de que a indústria do Brasil não fabrica máscaras de proteção, nem respiradores mecânicos, coisa que um micro empresário de Russas, no sertão cearense, que produzia peças para bicicletas, passou a fazer com o mesmo maquinário. 

Nesta pandemia, em vez se darem as mãos para combater o inimigo invisível e comum, os políticos e seus financiadores parecem unidos com outro objetivo – o de derrubar o governo. 

Em ambiente assim, não há investidor que se sinta atraído a abrir um novo negócio ou a ampliar o que já existe.      

AVES E OVOS

Boa notícia para quem quer empreender!

O Sindicato das Indústrias de Alimentação e Rações Balanceadas do Ceará, presidido por André Siqueira, está oferecendo, gratuitamente, plantas arquitetônicas e memoriais descritivos de construção de abatedouros de aves e entrepostos de ovos. 
Estão incluídos, também, os detalhes econômicos e sanitários. 

Os interessados devem acessar o site sindialimentos@sfiec.org.br

BNB

Que boa notícia! 

De janeiro a maio deste ano, o Banco do Nordeste (BNB) contratou R$ 1,5 bilhão no âmbito do Programa de Financiamento às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte e ao Empreendedor Individual (FNE MPE). 

Foram 14,1 mil operações, um incremento de 15,2% em relação às contratações efetuadas no mesmo período de 2019. 

Antônio Pontes Guimarães Júnior, presidente interino do BNB, destaca que isso foi possível em um cenário econômico desafiador, revelando o compromisso da instituição de apoiar, com crédito, a iniciativa privada.



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