S. Francisco deve unir o público e o privado

Esta coluna abriu o debate sobre a gestão do Projeto São Francisco de Integração de Bacias (PISF), cujas águas chegaram ao Ceará mas não, ainda, ao seu destino final, o açude Castanhão. A questão é quem terá a gestão do PISF, que modelo de gerenciamento será adotado e quanto custará a água para o consumidor final - pessoa física e jurídica, na cidade e no campo. Para o economista Lauro Chaves Neto, professor doutor da Uece, deve ser adotado um modelo que concilie o interesse social do abastecimento humano com o interesse privado do desenvolvimento, desde o potencial de geração de energia renovável à utilização da água na viabilização de empreendimentos econômicos. "Os capitais e a dinâmica do setor privado são fundamentais nesse processo, assim como a participação do Estado, tanto na regulação quanto na promoção do desenvolvimento regional, na redução dos desequilíbrios e na inclusão social a serem obtidos com a dinamização dos territórios no semiárido", diz ele. E complementa: "Nada pode ser feito de improviso. Deve-se definir o parâmetro desse modelo de negócios, o que deveria ter sido feito desde a elaboração do projeto para, em seguida, desenhar o formato legal e iniciar a sua execução". Lauro Chaves conclui: "As entidades de classe e a sociedade civil devem pressionar o poder público pela agilidade do processo, já que o financiamento e a operação do projeto serão resultado da soma de esforços e de recursos púbicos e privados". O problema é um só: quanto custará a água?

Granitos

Houve queda de 22% nas exportações cearenses de mármores e granitos - beneficiados ou em blocos - no 1º semestre deste ano. A Itália, principal importador dos blocos, paralisou a importação desde abril; a China, o segundo, só agora retomou as compras, em ritmo lento. Se a economia dos EUA melhorar neste semestre, será possível chegar aos US$ 25 milhões em vendas de mármores e granitos para o exterior, estima Carlos Rubens, presidente do Simagran-Ceará.

Desoneração

Fabiano Barreira, presidente do Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação do Ceará, as quais empregam 70 mil pessoas, entrou na luta pela derrubada do veto do presidente Bolsonaro às desonerações da folha de pagamento de empresas de 17 setores. E pela ampliação dessa desoneração aos demais setores, incluindo o de conservação e asseio.

Novidade: Companhia de Cimento Apodi, parceria meio a meio da gigante grega Grupo Titan com a família cearense Dias Branco, acaba de lançar seu 1º Relatório de Sustentabilidade. Com 136 páginas, o documento conta o que já fez e está fazendo em defesa do meio ambiente no entorno de Quixeré, bem no meio da Chapada do Apodi.

Seguem muito lentas as obras de requalificação da Avenida Desembargador Moreira, desde a Pontes Vieira até a Beira Mar. Se for mantido o seu ritmo atual, essas obras dificilmente estarão prontas no mês das eleições - novembro. A PMF está trocando o asfalto por blocos de cimento. Fica mais bonito e custa mais barato.



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