Petróleo: chegou a hora de o Brasil sair da crise

Se Rodrigo Maia não estiver blefando - e se seu colega do Senado, David Alcolumbre, estiver disposto à mesma colaboração - "os poderes da República, agindo em harmonia e com espírito democrático, esta crise poderá virar uma oportunidade de se somarem forças para as soluções necessárias e urgentes", disse Rodrigo Maia.

Diante da tempestade perfeita - o terremoto do coronavírus e o tsunami geopolítico do mercado de petróleo que a epidemia nascida na chinesa Wuhan provocou - o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, surge com um discurso capaz de tirar a economia brasileira da respiração mecânica em que se encontra na UTI da crise sanitária, econômica e financeira.

É a boa política entrando em campo.

Maia afirma que o Parlamento está pronto para ajudar o País a sair da crise.

De que maneira? Acelerando a análise e a aprovação das reformas tributária e administrativa e o Pacto Federativo.

Em troca de quê? De nada.

"O Brasil não vai escapar de sofrer as consequências dessa piora global. É preciso agir já com medidas emergenciais" - foi o que Rodrigo Maia disse ao tomar conhecimento do que estava acontecendo, no início da manhã de ontem, segunda-feira, 9, na Europa, cujos mercados afundaram sob o peso da queda espetacular do preço do petróleo.

A essa voz sensata do presidente da Câmara dos Deputados, deve somar-se, logo, à do presidente Jair Bolsonaro.

Chegou a hora de fazer do limão a limonada de que o País precisa, e urgentemente, para consertar suas contas e recolocar a economia na trilha do crescimento sustentável, com o que atrairá os investimentos privados internos e externos necessários.

Se Rodrigo Maia não estiver blefando - e se seu colega do Senado, David Alcolumbre, estiver disposto à mesma colaboração - "os poderes da República, agindo em harmonia e com espírito democrático", como Maia o disse ao ser informado do tsunami petroleiro, "esta crise poderá virar uma oportunidade de se somarem forças para as soluções necessárias e urgentes".

PESCADOS

Há uma semana, fiscais do Ministério da Agricultura recolheram, em Fortaleza, amostras de pescados e frutos do mar importados e nacionais nas lojas de atacado e em supermercados.

Elas estão em análise no Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA) de Goiânia.

A providência, segundo o Ministério, é para evitar "eventuais fraudes".

Por exemplo: a embalagem diz que contém sirigado, mas o conteúdo é de merluza.

Antes da Semana Santa, o resultado das análises das amostras será divulgado.

NA BOLSA

Opinião de um operador do mercado de capitais:

"Este é o momento de investir em ações na Bolsa de Valores".

ELOGIOS

Aplaudida de pé ontem no auditório superlotado do BNB, no Passaré, a ministra Tereza Cristina, que lidera o Ministério da Agricultura, foi elogiada pelo governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB):

"Ela sabe muito bem revalorizar o consenso e desvalorizar o dissenso", disse o maranhense.

E sugeriu "O Brasil só dará certo quando praticar o binômio Educação e Produção".

ETANOL

Aqui no Brasil há a expectativa de que, se essa queda do preço do petróleo prosseguir por mais três meses, a indústria canavieira, que produz o etanol, poderá até mesmo quebrar.

É que o custo de produzir será maior do que o de vender.

E ainda tem o coronavírus fazendo escala também no Brasil e ajudando a agravar o panorama.