Pandemia: Faec e FCDL integrarão GT que proporá reabertura da economia

.Mas o presidente da FCDL, Freitas Cordeiro, quer que o Governo do Estado formule um convite oficial à sua entidade, o que quer dizer a publicação de um novo decreto.

Uma fonte do setor da agropecuária revelou a esta coluna nesta quinta-feira, 23, que a Federação da Agricultura e a Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDL) integrarão o Grupo de Trabalho (GT) criado terça-feira, 21, para elaborar uma proposta de gradual reabertura das atividades econômicas, a maioria das quais está interditada por decreto do governador Camilo Santana, baixado há mais de um mês.

A mesma fonte revelou que o Comitê de Crise – reunido ontem à noite e criado na mesma época pelo Governo do Estado para acompanhar todos os desdobramentos da pandemia do novo coronavírus – entendeu como procedentes os argumentos apresentados pelos líderes das duas entidades.

Esse comitê é integrado por vários secretários do governo.

Entre os argumentos apresentados pelo presidente da Faec, Flávio Sabóya, está a situação dos milhares de pequenos produtores rurais, que perderam renda porque sua produção de frutas e hortaliças não pode ser comercializada por um motivo crucial: está proibido o funcionamento das feiras livres em Fortaleza e no interior do Estado.

Sabóya também citou o caso de outros milhares de pequenos produtores artesanais de queijo, que pelo mesmo motivo – feiras livres proibidas – perderam sua renda.

Ele disse que o caso é mais grave nos municípios de Quixadá e Quixeramobim, onde se localiza a maior bacia leiteira do Ceará e onde os “queijeiros”, sem a venda do que produzem, não têm mais o que fazer para obter renda.

Esta coluna não conseguiu, ainda, ouvir o presidente da Faec, sobre a inormação de sua participação no GT. 

Mas o presidente da FCDL, Freitas Cordeiro, disse à coluna que sua entidade só fará parte do GT se for oficialmete convidada, ou seja, se um novo decreto do governador a incluir entre os integrantes do grupo.

"Por enquanto, a FCDL considera-se alijada, injustificadamente, desse grupo, mesmo representando as 88 CDLs do Ceará, as quais têm mais de 40 mil empresas associadas, 90% das quais são pequenos negócios, cujos donos, com a interdição de sua atividade, já dispensaram seus funcionários, que são milhares, e não têm como pagar aluguel, conta de água e luz sem a receita gerada pelo seu estabelecimento", explicou Freitas Cordeiro.

Vale salientar que desse GT já fazem parte a Federação das Indústrias (Fiec), a Federação do Comércio (Fecomércio) e a Câmara de Dirigentes Lojistas de Fortaleza, que associada da FCDL.