O saneamento diante do corporativismo

Há um desafio a ser enfrentado com a urgência que o caso requer: a aprovação, pelo Senado, do Novo Marco Regulatório do Saneamento. Se o Congresso Nacional estivesse mais antenado com os reais interesses nacionais, esse documento - que será um divisor de águas - já teria sido aprovado. A pandemia do novo coronavírus acendeu a luz vermelha do saneamento. Sanear as cidades, vilas e povoados - onde a população reside - é a primeira e acertada providência para evitar problemas básicos de saúde. Esta pandemia da Covid-19 não teria as atuais e trágicas estatísticas, se, por exemplo, os bairros de Bom Jardim, Vila Pery, Canidezinho e Messejana já estivessem saneados - com redes de esgotamento sanitário em plena operação. Essa mazela replica-se, igualmente, em todos os estados do País. O poder público nunca teve, não tem hoje, nem terá nos próximos anos, saúde financeira para encarar o desafio de investir - a preços de agora - R$ 500 bilhões para universalizar o saneamento. Se for aprovado o Novo Marco Regulatório, do qual o senador cearense Tasso Jereissati foi relator, as empresas privadas - nacionais e estrangeiras - terão a oportunidade de investir aqui o que os governos federal, estaduais e municipais não têm a mínima condição de fazê-lo. Como esta coluna já o disse, há um problema grave impedindo que essa proposta prospere e seja aprovada: o forte poder político das corporações. As empresas estaduais e municipais de saneamento - com uma ou duas exceções que confirmam a regra - são focos de atuação do mais atrasado sindicalismo, e este é o problema que retarda uma decisão do Senado.

Colheita
Começou a colheita da safra do algodão em Brejo Santo e em outros municípios do Cariri cearense. O Programa de Recuperação da Cotonicultura do Ceará, tocado pela Secretaria Executivo do Agronegócio da Secretaria do Desenvolvimento Econômico “vai muito bem, obrigado”, diz seu coordenador, Euvaldo Bringel, que aposta: “Dentro de mais alguns poucos anos, o Ceará será, de novo, protagonista na produção algodoeira no Nordeste”. Euvaldo dobra a aposta: “Essa retomada começará pela Chapada do Apodi”.

Prefeitos
Ciro Gomes falará no Seminário Prefeitos do Ceará 2020. Seu tema: “Projeto Nacional, Dever da Esperança”. Um evento que nos próximos dias 23 e 24 será por videoconferência.

Líderes do setor do agronegócio, que retomou o direito de importar insumos agrícolas sem a cobrança do ICMS até 31 de dezembro de 2021, citam os presidentes da Fiec, Ricardo Cavalcante, e da Faec, Flávio Sabóya, como responsáveis pelo bom êxito das tratativas mantidas com a secretária da Fazenda, Fernanda Pacobayba

Anda a carruagem de um jeito que, ainda nesta semana, haverá aquele tchan tchan, tchan - que ninguém deseja: uma decisão do STF a ser descumprida pelo poder Executivo. Nunca houve algo parecido na história do País. Surgirá a pergunta: o que haverá, então? Como não há precedente, ninguém sabe prevê o que acontecerá



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