No meio da crise, empresário não sabe o que fazer

A prisão de Roberto Jefferson, aliado do presidente Bolsonaro, estica mais ainda a corda da crise. Para os empresários, é difícil, quase impossível investir nesse cenário. E mais: 1) Fiec apresenta H2V em Maceió; 2) Um exemplo de inflação; 3) Cagece tem balanço positivo

Se depender dos ministros do Supremo Tribunal Federal e do presidente da República, a crise política que sacode o Brasil perdurará por mais tempo ainda.
 
Em um cenário conturbado assim, é difícil, quase impossível, para o empresário planejar investimento no curto e no médio prazos, uma vez que nem ele nem ninguém imagina quando e de que maneira a crise será superada. 

A prisão do polêmico Roberto Jefferson, presidente, mas na verdade dono do PTB, é mais gasolina no incêndio que consome as relações dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. 

Não podendo prender o presidente Bolsonaro, o que provocaria o caos, o ministro Alexandre de Moraes decidiu tirar de circulação e privar da liberdade um dos seus mais histriônicos e verborrágicos aliados, que, antes de ser preso, postou nas redes sociais uma declaração afirmando que o STF é uma “orcrim” (organização criminosa) integrada por “ministros comunistas”. 

Na ordem de prisão que emitiu para a Polícia Federal, o ministro Alexandre de Moraes considerou Roberto Jeferson um membro de uma “orcrim” que atua contra a democracia e pela implantação de uma ditadura, usando as redes sociais para a propagação de suas mensagens, em algumas das quais aparece até portando armas de fogo. 

O que disse Jefferson – provocando sua prisão – é grave acusação que amplia a polarização da política brasileira – de um lado, a extrema direita com Bolsonaro e seus radicais seguidores, e do outro a extrema esquerda com Lula e seus igualmente radicais militantes.
 
Mas a decisão de mandar prendê-lo, assinada pelo ministro Alexandre de Moraes, está sendo entendida por vários juristas como um atentado à livre manifestação do pensamento. 

O certo é que, já tensionada, a corda da crise esticou mais um pouco, ampliando a possibilidade de uma ruptura entre os poderes da República.

No meio dessa guerra, estão os empresários e os trabalhadores, os quais clamam pelo entendimento que permita, primeiro, a paz social interna, e, em seguida, o reerguimento da economia.

Por enquanto, infelizmente, o clima é de guerra.

FIEC APRESENTA HIDROGÊNIO VERDE EM MACEIÓ

Durante o Fórum Norte e Nordeste da Indústria da Construção Civil (FNNIC), realizado ontem em Maceió, o presidente da Federação das Indústrias do Ceará (Fiec), Ricardo Cavalcante, fez uma apresentação do Hub do Hidrogênio Verde a ser implantado no Complexo Industrial e Portuário do Pecém.

Do evento participou o presidente da Câmara dos Deputados, o alagoano Artur Lira.

Ao longo da reunião, foram compartilhados os benefícios e as oportunidades do Hub do Hidrogênio Verde, as ações em desenvolvimento no Ceará, além das potencialidades da região para a implementação de projetos semelhantes.

Ainda foram apresentadas diversas opções de negócios da cadeia do H2V, como as vinculadas à geração de energias eólica e solar, fundamentais para a sustentabilidade da atividade.

DOMUS FAZ PARCERIA COM PLANET SMART CITY

Novidade no mercado imobiliário! A cearense Domus Incorporadora celebrou parceria com a Planet Smart City, que constrói as chamadas “cidades inteligentes”, tendo projetos em Natal (RN), São Gonçalo do Amarante e Eusébio, no Ceará.

A Domus será parceira da Planet na elaboração de projetos personalizados, na execução das obras e na agilização dos processos de financiamento dos imóveis, tarefa na qual ela é especializada.

Dirigida por Hygor Guerreiro, a Domus segue implementando seu projeto de franquias, que já chegou às cidades de São Paulo e Natal.

CAGECE TEM BALANÇO POSITIVO NO SEMESTRE

Saiu o balanço financeiro da Cagece relativo ao segundo trimestre deste ano. Somada à do primeiro trimestre, a receita da empresa, de janeiro a junho passado, alcançou R$ 825,1 milhões, ou 9,1% a mais do que a do mesmo período do ano passado.

A receita líquida somou R$ 770,8 milhões, o que quer dizer 8,2% maior do que a do primeiro semestre de 2020.

O lucro líquido da Cagace, no primeiro semestre de 2021, foi de R$ 86,5 milhões, com margem líquida de 11,2%.

Desde 2016, a Cagece mantém equilíbrio financeiro.

UM EXEMPLO DE INFLAÇÃO

Na Ceasa de Tianguá, no Noroeste do Ceará, na divisa com o Piauí, um quilo de pimentão verde custa R$ 2,92.

Nos supermercados de Fortaleza, custa quase R$ 7, pois agrega o preço do frete, o lucro do atravessador e a margem do varejista. 

Um pé de alface lisa, comum, custa em Tianguá R$ 0,50. Aqui, até 3,50, dependendo da loja.

Inflação é isso aí.

CRESCE NO CEARÁ O CRÉDITO IMOBILIÁRIO

O segmento de financiamento imobiliário vem batendo recordes nos últimos meses, segundo dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). 

Exemplo: o Banco Itaú revela que sua carteira de crédito imobiliário no Ceará foi um dos destaques no primeiro semestre deste ano, com um aumento de 247% no volume de crédito concedido pelo banco no período. 

Só na capital Fortaleza, esse crescimento, de janeiro a junho, foi de 242%.

TELECOM: Oi FIBRA CRESCE NO BRASIL

Boa notícia chega da operadora Oi: a Oi Fibra dobrou o número de seus assinantes em 12 meses, alcançando os 3 milhões de clientes. 

Foram em média 120 mil domicílios conectados por mês, superando todos os demais players de internet por fibra ótica. 

Hoje, a Oi Fibra está disponível em 176 cidades no Brasil e a meta é chegar a 208 até o fim do ano. A companhia conta com fibra passada em 12,6 milhões de endereços (do jargão inglês “homes passed”) e deve fechar o ano de 2021 com 14,5 milhões de endereços com essa infraestrutura.
  
No Ceará, são mais de 602 mil endereços enlaçados com fibra e mais de 79 mil novos clientes de Oi Fibra conquistados.

OS PRECATÓRIOS E O TETO DOS GASTOS

Comentário assinado pelos economistas Carlos Kawall, Gustavo Ribeiro, Débora Nogueira e Leonardo Costa, da ASA Investments, transmitido ontem para seus clientes:

“A situação já delicada das contas públicas no contexto Pós-Covid foi tornada mais complexa com a previsão do Governo de um grande salto no valor dos precatórios judiciais (previsão de R$ 89,1 bilhões para 2022 contra R$ 51,9 bilhões no ano passado.

“Tais despesas são sujeitas ao teto de gastos e, nos níveis projetados, inviabilizariam o funcionamento mínimo da máquina pública, comprimindo investimentos e gastos sociais. Neste comentário Macro, nos colocamos de forma contrária à solução proposta pelo governo para enfrentar o problema – uma PEC que parcelaria, compulsoriamente, os compulsórios.

“Julgamos que, nesse contexto, o mal menor é retirar os precatórios do teto de gastos, por serem gasto obrigatório e imprevisível, que se assemelha a uma dívida e não ao gasto corrente.

“Julgamentos que o parcelamento/adiamento do pagamento dos precatórios da União reduz a qualidade do crédito público e pode, inclusive, ter repercussões negativas na nota de crédito (“rating”) do país”.

SOLAR MAGAZINE CHEGA A BELA CRUZ

Empresa genuinamente cearense, a Solar Magazine, dona de uma rede de lojas espalhadas pelo interior do Estado, inaugurou ontem a sua 46ª unidade, localizada na cidade de Bela Cruz, no Norte do Ceará.

Com 32 anos no mercado varejista cearense, a Solar Magazine é uma empresa 100% familiar, comercializando eletrodomésticos e móveis, oferecendo frete e montagem gratuitos.

A cerimônia e inauguração da Solar Magazine em Bela Crruz teve a presença do prefeito municipal, José Otacílio de Moraes Neto, e de fornecedores e parceiros da empresa.

CESTAS BÁSICAS PARA PRODUTORES RURAIS

Cinco mil cestas básicas começam a ser distribuídas no Ceará pelo capítulo cearense do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-CE). A ação é feita em parceria com os sindicatos rurais e as secretarias de ação social dos municípios.

O alvo da iniciativa – denominada de Agro Fraterno – são trabalhadores e produtores rurais, em situação de insegurança alimentar nestes tempos de pandemia. Os municípios cearenses que têm sindicatos rurais serão todos contemplados pelas doações.

Os sindicatos de produtores rurais serão os responsáveis pela logística e os beneficiários em situação de vulnerabilidade alimentar serão identificados pelas secretarias de Ação Social dos municípios, cumprindo exigência do Agro Fraterno.

A EMBRAER E A SUSTETABILIDADE

Em mensagem a esta coluna, a Embraer e a Avfuel Corporation anunciaram ontem sua cooperação para trazer o combustível sustentável de aviação Neste MY Sustainable Aviation FuelTM (SAF) para o Aeroporto Internacional de Orlando em Melbourne, na Flórida.

O acordo ocorre no momento em que a Embraer anuncia seu compromisso de alcançar operações neutras em carbono até 2040 e de apoiar a meta da indústria de aviação de emissões líquidas de carbono zero até 2050.
 
Ambos os compromissos incluem a integração do uso de SAF (sigla em inglês para combustível sustentável de aviação) em suas iniciativas de sustentabilidade. 

Como parte da colaboração, a Avfuel forneceu à Embraer a Neste MY SAF em suas instalações de Melbourne, na Flórida, entregando o combustível à Sheltair (KMLB) para armazenamento e manuseio. 

A Embraer pretende usar o SAF em operações em andamento na sede de seu jato executivo em Melbourne (Flórida).