Mansueto diz que sairá em julho

Em julho ou agosto deste ano, o economista cearense Mansueto Almeida deixará o cargo de secretário do Tesouro Nacional. Ele mesmo deu esta notícia ontem à noite, tranquilizando o mercado que também já foi informado de que o ministro da Economia, Paulo Guedes, procura um nome para substituí-lo. De acordo com Mansueto, sua saída do Governo será consensual. Para o deputado federal e economista Mauro Benevides Filho, do oposicionista PDT, a notícia não surpreende, pois o ministro Paulo Guedes e todo o mercado já sabiam que Mansueto - de quem é amigo pessoal - fora convidado em dezembro do ano passado por uma grande instituição financeira. O que o mercado agora quer saber é quem irá dirigir o Tesouro Nacional, que desde 2015 administra um orçamento com déficit crescente. A palavra de Mansueto Almeida, ontem, deve acalmar o câmbio e a bolsa, hoje.

Agricultura

Se já eram estreitas, tornaram-se amiúdes as relações da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, com os líderes da agropecuária nordestina, incluindo os da fruticultura. O presidente da Associação Brasileira das Empresas Produtoras Exportadoras de Frutas (Abrafrutras), Luís Roberto Barcelos, que é também sócio e diretor da Agrícola Famosa, que tem fazendas de produção em Quixeré e Icapuí, ressalta que "ela sempre nos atende quando pedimos uma audiência". E acrescenta: "A ministra Tereza Cristina tem feito um trabalho pessoal extraordinário de abertura de novos mercados para os produtos da agropecuária brasileira - o melão no meio. Melhor exemplo foi o acordo celebrado pelos governos do Brasil e da China: abrimos o nosso mercado para a maçã e a pera chinesas, enquanto eles abriram o seu gigantesco mercado para o melão brasileiro", lembra Barcelos.

Por sua vez, Tom Prado, coordenador do Comitê Técnico de Fitossanidade da Confederação Nacional da Agricultura (CNA) e sócio e CEO da Itaueira Agropecuária, acentua também o papel de Tereza Cristina no esforço pela expansão das exportações das frutas brasileiras e pelo aumento de sua produção. "Ela tem incentivado, sobremaneira, o uso de novas tecnologias, para o que empresta especial atenção à Embrapa e aos seus diversos centros de pesquisa espalhados pelo País, dois dos quais estão no Ceará - o Centro Nacional de Caprinos, em Sobral, e o Centro de Agroindústria Tropical, em Fortaleza. O setor primário está na linha de frente da economia brasileira graças à liderança da ministra Tereza Cristina, e este é o justo reconhecimento dos que produzem e trabalham no campo", diz.

Opinião semelhante tem Cristiano Maia, maior produtor de camarão do País. Ele recorda que a ministra, por vontade própria, quis conhecer - e conheceu pessoalmente no ano passado - todo o processo de criação de camarão, desde a produção do pós larva (filhotes) em laboratório, até a alimentação dos animais em seus viveiros, o seu beneficiamento e a sua conservação em câmeras frigoríficas, sem falar no trabalho técnico-científico de combate à doença da mancha branca.

"Tereza Cristina é uma ministra da Agricultura perfeitamente adequada aos novos tempos da aquicultura, cujos mercados consumidores estão a exigir cada vez mais qualidade do produto", explica Cristiano Maia.

Baterias

Qual é mesmo o futuro próximo dos automóveis movidos a gasolina ou a óleo diesel? Reparem: a gigante chinesa Contemporary Amperex Technology (CATL) revelou, na última sexta-feira (12), que está pronta para fabricar uma bateria que durará 16 anos, ou dois milhões de quilômetros. Foi o que disse o presidente do conselho da empresa, Zeng Yuqun durante entrevista em Ningde, no sudeste da China, onde a Amperex Technology está sediada. As garantias das baterias atualmente usadas em carros elétricos cobrem não mais do que 240 mil quilômetros ou oito anos de uso, de acordo com o indicado pela BloombergNEF. A CATL é a maior fabricante mundial de baterias.