Livre da mosca da fruta, Ceará produzirá mais melão

Agrícola Famosa e Itaueira podem ampliar sua área cultivada de melão, mas dependerão da oferta de água. Leia mais: 1) Pague Menos reduzirá tamanho da Extrafarma; 2) Igor Queiroz Barroso no Conselho da Fiesp; 3) Unimed tem boa novidade

Graças ao esforço da diretoria e dos técnicos da Agência de Defesa da Agropecuária (Adagri), o Ceará obteve do Ministério da Agricultura a revalidação de sua condição de área livre da praga “Anastrepha Grandis”, a famosa e temida mosca da fruta.

De acordo com a Portaria 305, assinada pelo secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, José Guilherme Tollstadius Leal, essa área envolve os municípios de Aracati Fortim, Jaguaruana, Icapuí, Itaiçaba, Limoeiro do Norte, Palhano, Quixeré, Russas, Tabuleiro do Norte e o distrito de Aruaru, em Morada Nova.

Na prática essa revalidação permitirá que as empresas produtoras de melão, melancia, banana e mamão, por exemplo, sigam investindo e já estudem a possibilidade de produzir, também, em outras áreas.

Hoje, a produção cearense de melão está restrita à geografia de Icapuí, Limoeiro do Norte, Russas e Quixerá. 

Falando a esta coluna, diretamente de Tocantins onde encontra “prospectando terras”, como ele mesmo disse, o empresário Luís Roberto Barcelos, sócio e diretor da Agrícola Famosa, maior produtora e exportadora mundial de melão, acenou com a possibilidade de ampliar o cultivo dessa fruta no Vale do Jaguaribe a partir da safra de 2022.

A Itaueira Agropecuária, que possui terras no município de Aracati, onde até quatro anos atrás produzia melão para exportação, deixando de fazê-lo por falta de água, também celebra a portaria do Ministério da Agricultura, mas mantém a decisão de somente retomar o cultivo do melão aqui, quando houver segurança de oferta hídrica.

Enquanto isso não acontece, a Itaueira segue produzindo no Piauí e na Bahia, de onde toda a produção é distribuída para o mercado interno brasileiro.

De acordo com Barcelos, da Agrícola Famosa, e Tom Prado, CEO e sócio da Itaueira Agroécuária, a revalidação da área cearense livre da “mosca da fruta” embute alguns sinais.

O primeiro deles é o de que as duas empresas estão fazendo, no cultivo, na colheita, no armazenamento, na embalagem e no transporte das frutas que produz, “tudo o que determina a legislação e obedientes, ainda, às práticas agrícolas sustentáveis”, como disse Tom Prado.
 
Outro sinal revela a eficiência do sistema cearense de defesa da agropecuária estadual, que, por meio da Adagri-Ceará e de sua equipe de técnicos, acompanha, com o rigor que os caracteriza, todas as fases de a produção de frutas.

PAGUE MENOS AGIGANTA-SE: COMPROU EXTRAFARMA

Confirmado o que ontem foi noticiado: o grupo Pague Menos, sediado no Ceará, e o grupo Uultrapar celebraram acordopelo qual aquele comprará a rede de farmácias Extrafarma. Valor da transação: R$ 700 milhões, divididos em 3 parcelas. 

A primeira parcela, de R$ 300 milhões, será paga no ato de formalização do negócio; a segunda, dentro de um ano, e a terceira, no segundo aniversário do contrato, ou seja, dentro de dois anos.

Desde dezembro do ano passado, esse negócio está no radar dos operadores do mercado de capitais, razão por que não surpreendeu a informação ontem divulgada.

Nem surpreendeu, também, a boa subida das ações da Pague Menos, que se valorizaram, no fim do pregão de ontem a Bolsa B3, uma alta de quase 10%.

A rede Extrafarma, que nasceu em Belém do Pará e se estendeu pelo Norte do País e, também, pelo Nordeste, foi adquirida em 2014 pelo Grupo Ultra, cujo principal negócio é a área de óleo e gás – é o dono da rede de Postos Ypiranga e da Ultragaz, que pagou por ela R$ 1 bilhão. 

A rede Extrafarma tem pouco mais de 400 lojas, espalhadas principalmente pela região Norte. 
Aqui no Ceará, a Extrafarma tem várias farmácias e um Centro de Distribuição em Aquiraz, na Região Metropolitana de Fortaleza.

Um operador do mercado de capitais disse a esta coluna que a Pague Menos, tão logo assuma o controle de as nova empresa,  tomará algumas providências, a primeira das quais será reduzir custos por meio do fechamento de algumas unidades de bandeira Extrafarma, e melhorar a produtividade da rede.

Com a compra da Extrafarma, a Pague Menos, que tem cerca de 1.200 passará lojas, torna-se-á a segunda maior rede de farmácias do país, atrás apenas da Rede Drogasil, que tem mais de 3 mil unidades.

UNIMED: AVANÇA NOVO HOSPITAL MATERNO INFANTIL

Já estão concluídos 42% da obra de construção do Hospital Materno Infantil da Unimed Fortaleza.

Localizado no bairro Guararapes, no Leste da capital cearense, o hospital terá 174 leitos que atenderão a maioria da demanda dos públicos materno e infantil.

Em comunicado ao público, a Unimed Fortaleza informa que o seu Hospital Materno Infantil entrará em operação no início do próximo ano de 2022.

O hospital terá estrutura completa com Centro Cirúrgico, Centro de Imagem, Laboratório e Emergência.
 
A disponibilidade de leitos próprios para a linha de cuidados materno infantil da rede Unimed Fortaleza aumentará 50% e para a UTI neonatal aumentará o dobro (100%). Já na quantidade de leitos próprios para UTI pediátrica o aumento será de 150%.

MAERSK, QUE OPERA PECÉM, MOSTRA NÚMEROS

Gigante mundial do transporte marítimo, a Maersk, com operação crescente no Ceará, quer tornar-se uma das cinco maiores empresas de logística do Brasil até 2025.

Para isso, está turbinando seu braço brasileiro – a Mersk Brasil já investiu neste país, desde 2010, o equivalente a US$ 7 bilhões.

Ontem, durante uma entrevista coletiva feita por vídeo conferência, o diretor comercial da Maersk para a Costa Leste da América Latina (Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina), Douglas Piagentini, disse que o objetivo da empresa “é manter as mercadorias dos clientes em movimento, para o que utiliza serviços cada vez mais completos, com frotas de caminhões, trens, aviões, barcaças e navios.

A Maersk transporta hoje 20% dos alimentos, materiais e produtos do mundo.
 
Neste ano, a empresa pretende crescer dois dígitos no Brasil. 

TELECOM: CAI NÚMERO DE RECLAMAÇÕES

Caiu 24,9% o número de reclamações de usuários dos serviços de telecomunicações durante o último mês de abril, em comparação com o mesmo mês do ano passado -segundo informa a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
 
A redução foi registrada mesmo com a manutenção do alto consumo de serviços de telecomunicações neste ano, em razão da continuidade da pandemia da Covid-19, impulsionada pelo teletrabalho, aulas e negócios on-line, entre outras atividades à distância.
 
Os dados agência mostram que em abril de 2020 foram registradas 260.239 reclamações; em abril deste ano esse número caiu para 195.373, uma baixa de 64.866 queixas em números absolutos.

BOLSAS DA EUROPA ABREM EM BAIXA

Bolsas europeias abriram em baixa nesta quarta-feira. Culpa da Covid, cujos novos casos aumentaram em vários países.

O preço do petróleo, que ontem passou dos US$ 70 por barril, cai para US$ 68 (preço do tipo Brent, negociado em Londres).

A causa são os estoques de óleo dos EUA, que estão acima do imaginado.

O euro sobe, o dólar desce. A inflação na Europa e nos EUA dá sinal de mais alta.

IGOR QUEIROZ BARROSO NO CONSELHO DA FIESP

Presidente do Conselho de Administração do Grupo Edson Queiroz (GEQ), o empresário Igor Queiroz Barroso passa a integrar o Conselho Superior “Diálogos pelo Brasil”, da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), a convite do presidente da entidade, Paulo Skaf.

O "Diálogos pelo Brasil" foi criado para abrigar os presidentes das maiores empresas do país.

Igor junta-se aos principais nomes da indústria, comércio, serviço e agronegócio, como Luiz Carlos Trabuco (Bradesco), David Feffer (Suzano), David Safra (Banco Safra), Rubens Ometto (Cosan), entre outros acionistas, CEOs ou chairman de gigantes companhias brasileiras e multinacionais.

Os conselheiros participam de reuniões periódicas, neste momento por vídeo-conferência, e trocam sugestões e ideias por meio de um grupo fechado em um aplicativo de mensagens.

O último encontro virtual contou com a participação do presidente da República, Jair Bolsonaro e, com frequência, tem a presença de ministros e demais autoridades. Sempre para discutir e buscar soluções para assuntos de interesse dos grandes conglomerados e do país.



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