Flexibilização: Faec e FCDL reclamam; Maia Júnior pede união de todos

“Este é um momento de união de todos, temos de juntar esforços com um só objetivo”, disse o secretário de Desenvolvimento Econômico, que desde o início da manhã de hoje tem conversado com empresários da indústria, do comércio e da agropecuária,

O presidente da Federação da Agricultura do Ceará (Faec), Flávio Sabóya, reclamou nesta quarta-feira, 22, contra o que chamou de “discriminação  contra a agropecuária cearense”, cuja liderança ficou de fora do Grupo de Trabalho (GT), criado ontem à noite por decreto do governador Camilo Santana, para estudar medidas para a gradual reabertura das atividades econômicas no Estado, sem colocar em risco o esforço de combate à pandemia do coronavírus..

A mesma reclamação fez o empresário Freitas Cordeiro, presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDL), que também foi excluída do GT.

Mas o secretário de Desenvolvimento Econômico, Maia Júnior, explicou a esta coluna que o GT – do qual participa a Fiec, a Fecomércio e a CDL de Fortaleza – submeterá a todas as entidades empresariais a proposta que será elaborada após os estudos dos planos em execução nos países castigados pela pandemia.

O secretário fez questão de lembrar que "a agricultura e a pecuária estão 100% com suas atividades abertas e em franco desenvolvimento", sendo descabida a reclamação da Faec.

Maia Júnior revelou que serão analisados pelo grupo os modelos de flexibilização aplicados na Espanha, na Itália, na Alemanha e também as sugestões da Organização Mundial da Saúde (OMS) e ainda o planejamento que o governo do Rio Grande do Sul elaborou e está sendo submetido à apreciação das lideranças empresariais gaúchas.

“Este é um momento de união de todos, temos de juntar esforços com um só objetivo”, disse Maia Júnior, que desde o início da manhã de hoje tem conversado com empresários da indústria, do comércio e da agropecuária, ouvindo e anotando suas sugestões e reclamações.

Por enquanto, ainda de acordo com Maia Júnior, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Ceará não recebeu uma só proposta do empresariado para a reabertura das atividades econômicas que seguem bloqueadas de funcionamento por decreto do governador Camilo Santana.

O secretário antecipou que o Governo do Estado, por meio do Grupo de Trabalho, elaborará uma proposta que será submetida à análise das entidades de todos os segmentos da economia estadual.

O presidente da Faec, Flávio Sabóya, disse que o agronegócio é setor vital da economia cearense, pois “é o que garante a produção e a distribuição dos alimentos”, razão pela qual “tem  de compor esse Grupo de Trabalho”.

Sabóya disse que a proibição das feiras livres impede que o pequeno produtor rural - setor ao qual a Faec está mais intimamente ligado - comercialize a sua produção. E informou que os proutores de queijo coalho - que, como as frutas e as hortaliças, são perecíveis - também estão tendo prejuízos por falta das feiras livres.

Por sua vez, o presidente da FCDL, Freitas Cordeiro, lembrou que sua entidade representa 88 Câmaras de Dirigentes Lojistas existentes no Ceará, as quais congregam 33 mil empresas do varejo, e, também, não pode ser “alijada injustificadamente daquela mesa de negociações”.