Era só o que faltava! O ex-governador do Acre, Jorge Viana, uma das estrelas nacionais do PT e presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, disse na China, onde se encontra em missão oficial, que o agronegócio é o responsável pela degradação da Amazônia.
Diante da péssima repercussão que sua opinião teve no Brasil, o presidente da Apex pediu desculpas por haver lincado o agronegóicio ao desmatamento no Brasil.
Sua fala causou imediata reação não só dos empresários da agropecuária, mas também da Frente Parlamentar do Agronegócio, que distribuiu nota, refutando o presidente da Apex.
A íntegra da nota da FPA é a seguinte:
“A Frente Parlamentar da Agropecuária lamenta o posicionamento equivocado do atual presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), Jorge Viana, sem total conhecimento sobre a agropecuária nacional.
“A Apex é uma agência que tradicionalmente trabalhou pela promoção da imagem e dos produtos brasileiros no exterior.
“É intangível o estrago que um porta-voz brasileiro, responsável pela promoção das exportações, faz ao se permitir macular toda a pesquisa, tecnologia e precisão implantados pelo setor agropecuário, numa premissa ultrapassada desprovida de informações científicas e oficiais.
“Importante registrar que exportamos para mais de 200 países com qualidade, eficiência e atendemos à todos os protocolos sanitários, ambientais e de mercado. O estrago vai além dos produtos agropecuários e atinge diretamente a imagem brasileira perante o mercado internacional.
“A FPA reforça os dados oficiais que comprovam a sustentabilidade da agropecuária e da preservação ambiental em números vultosos diante dos países competidores do globo:
“1. O Brasil possui 66% do seu território em vegetação nativa preservada ou protegida. Dados da Embrapa Territorial demonstram que proprietários rurais são os que mais preservam, ou seja, 20,5% do País, com áreas de preservação permanente, reserva legal e vegetação excedente de suas respectivas propriedades;
“2. Ressalta-se ainda que nenhum outro país do globo possui o modelo sustentável brasileiro, com leis ambientais rigorosas, como o Código Florestal que impõem ao proprietário rural cotas de preservação ambiental da propriedade por bioma: 80% na Amazônia, 35% no Cerrado e 20% aos demais, além de manter preservação em cursos d’água;
“3. A área de uso do território nacional para agricultura e pecuária somam 27,8%, atrás de países como China, (55,1%), Alemanha (46,6%), Estados Unidos (41,3%) e Argentina (39%); (Fonte: IPEA/22)
“4. O Ipea registra que a expansão da área de produção agropecuária com tecnologias e práticas sustentáveis atingiu 154% da meta fixada no Plano Setorial de Mitigação e de Adaptação às Mudanças Climáticas para a Consolidação da Economia de Baixa Emissão de Carbono na Agricultura (Plano ABC). O Plano é uma política pública composta por programas com ações a serem realizadas para a adoção das tecnologias de produção sustentáveis.
“O Brasil, para que não reste dúvida, possui sustentabilidade na produção e vocação para alimentar o mundo, com respeito ao meio ambiente e combate aos crimes cometidos. Não aceitaremos que ideologias superem dados oficiais de satélite e a ciência.”