Executivo cearense comanda operação da Coca-Cola no México

Rodrigo Colares Coelho Nogueira, que há 20 anos trabalha na Coca-Cola Internacional, comandará a operação da empresa junto à Cinépolis, maior rede de cinemas da América Latina. E mais: 1) TAP em crise demite pilotos; 2) Aneel faz hoje leilão de energia renovável; 3) Triplicam citações da Unifor em trabalhos científicos

Executivo cearense
Legenda: Cearense Rodrigo Colares Coelho Nogueira comanda operação da Coca-Cola no México
Foto: Arquivo Pessoal

Cearense de Maranguape, Rodrigo Colares Coelho Nogueira, alto executivo da Coca-Cola Internacional, na qual trabalha há 20 anos, está assumindo nesta quinta-feira, na Cidade do México, para onde foi transferido nesta semana, a operação da empresa junto à Cinépolis, maior rede de cinemas da América Latina e a segunda do mundo em venda de ingressos.

A Cinépolis, com origem mexicana, tem 422 salas exibidoras no Brasil, várias das quais no Ceará, inclusive as VIPs dos shoppings RioMar e Iguatemi.  é dona de 738 cinemas na América Latina.

Ela é dona de 738 cinemas na América Latina, onde tem 5.941 salas 100% digitais em 15 países do continente, nas quais dispõe de áreas de lanchonetes que comercializam, com exclusividade, todos os produtos da Coca-Cola.

Rodrigo Nogueira, que integrou o time da Coca-Cola Internacional na operação da Olimpíada de Inverno de Sochi, na Rússia, em 2014, já gerenciou a empresa no Amazonas. 

Nos últimos anos, atuava junto às áreas que cuidam das operações no Brasil e nos países latino-americanos.
 
Há duas semanas, ele esteve em Fortaleza para despedir-se dos seus pais, Adelaide e José Renato Cirino Nogueira.

CONTRA A CRISE, ANEEL FAZ HOJE LEILÃO DE RENOVÁVEIS

Ao mesmo tempo em que corre contra o tempo para evitar um apagão, que seria o pior da atual e grave crise energética por que passa o país, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) promovem nesta quinta-feira dois Leilões de Energia Nova A-3/2021 e A-4/2021, para entrega em janeiro de 2024 e janeiro de 2025 e duração de 20 e 30 anos, respectivamente.

Para os dois certames estão cadastrados 1.841 projetos únicos, sendo 1.501 para o Leilão A-3/2021 e 1.787 para o A-4/2021, totalizando mais de 66 GW (gigawatts) de oferta.
 
De acordo com a Aneel e a CCEE, disputarão os leilões empreendimentos hidrelétricos e de geração eólica, solar e biomassa. 

Para cada uma dessas fontes haverá condições específicas de contratação. Os dois leilões atenderão a demanda do mercado das distribuidoras.

Em mensagem a esta coluna, a Aneel informa que os leilões serão realizados de forma virtual e sequencial, a partir das 10h, e o público poderá acompanhar a situação dos lotes pelo site da CCEE (www.ccee.org.br).

A Aneel toma, agora, com atraso, as providências que deveria ter tomado há dois anos, quando já havia indicação da ciência do clima a respeito da possibilidade de baixa pluviometria neste ano no Sul, no Sudeste e no Centro-Oeste, o que acontece agora.
 
A fonte hidráulica responde por 60% da energia produzida no Brasil, porcentual que já deveria ter sido reduzido se o governo, por meio da Aneel, tive promovido mais leilões de energias renováveis.

Como não o fez, a agência teve de recorrer, mais uma vez, para as termelétricas movidas a carvão mineral e a gás (no Pecém, aqui no Ceará, operam duas a carvão e uma a gás), ajudando a poluir o meio ambiente e a emitir mais CO2 na atmosfera, gerando o chamado efeito estufa que aquece o planeta.

A energia do futuro próximo, que já chegou, está vindo de fontes renováveis, as mesmas que também moverão as usinas de Hidrogênio Verde que se implantarão no Complexo do Pecém e que serão exportadas para os principais mercados consumidores do mundo.

Ontem, aliás, o governo do Ceará celebrou mais um Memorando de Entendimento, desta vez com a australiana Fortescue, que investirá US$ 6 bilhões na construção de uma usina de H2V no Pecém.

TRIPLICAM CITAÇÕES DA UNIFOR EM ARTIGOS CIENTÍFICOS

Segundo a Web Science –plataforma que cataloga e acompanha a produção de pesquisadores de todo o mundo, o número de citações da Unifor em artigos científicos quase triplicou nos últimos dois anos.

A Unifor registrou 394 citações em 2019 e, em 2020, essas citações saltaram para 1.446 referências.

De acordo com o professor Angelo Roncalli, coordenador da Divisão de Pesquisa da Diretoria de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Unifor, as citações são de extrema importância para verificar a qualidade do trabalho.

“O número de citações é considerado fator de definição de uma pesquisa de qualidade. Assim, quanto mais citado o trabalho ou o pesquisador, maior impacto ele terá na comunidade acadêmico-científica”, diz o professor Roncalli.

SERÁ DIFÍCIL PRIVATIZAR O CORREIOS

Pretende o ministro da Economia, Paulo Guedes, ver aprovada na Câmara dos Deputados, por todo o mês de agosto, a proposta que viabilizará a privatização dos Correios pela venda de 100% do seu capital, que é estatal.
 
Guedes recebeu do presidente da Câmara, deputado Artur Lira, o sinal de que a matéria está entrando na pauta de prioridades da casa. 

Apreciada na Câmara, a proposta irá para o Senado, prevendo o governo que ela será aprovada ao longo do segundo semestre.
Se tudo ocorrer como espera a equipe econômica, será possível publicar o edital do leilão de privatização ainda neste ano, com o que será possível realizar a venda dos Correios até março do próximo ano.

Mas isso não será fácil. A oposição, com o PT à frente, fará o impossível para evitar essa privatização, pois ela reforçaria ainda mais a chance de aprovação da proposta de venda da Eletrobras, que também tramita no Congresso.

Os partidos de esquerda, que comandam a oposição, têm nas corporações do serviço público sua principal base de sustentação social e financeira. O Correios é uma delas.

Os funcionários públicos – que somam 12 milhões de pessoas nas esferas federal, estadual e municipal, número que pode ser multiplicado por três, se incluídos os familiares de cada servidor – são, em sua maioria, eleitores do PT.

A ideologia petista e de seus aliados mais próximos, como o Psol, o PCdoB e o PSB – é estatizante. Assim, não será surpresa se, retomando o poder em 2022, um governo petista vier a reestatizar, por exemplo, a BR Distribuidora, que acabou de ser totalmente privatizada.

Essa ideologia defende uma forte presença do Estado na economia. Mas isso só dá certo quando o Estado tem músculos suficientes para, às custas do contribuinte, ou seja, do povo, suportar os investimentos na saúde, educação, segurança pública, saneamento básico e infraestrutura rodoviária, ferroviária, hidroviária, metroviária, aeroportuária, portuária e de energia elétrica.

Sem falar no sistema previdenciário e nos altos salários dos servidores da ativa dos três poderes, os quais consomem 75% do Orçamento Geral da União.
 
O Estado brasileiro, tão caro e tão ineficiente como é hoje, não se sustenta se não houver, agora, imediatamente, uma reforma administrativa profunda, que ponha fim ao que esta coluna chama de “absurdos adquiridos” pela elite das corporações que se apropriaram da máquina pública.

Essa reforma tramita há vários meses no Parlamento, sem qualquer perspectiva de ser votado nesta ano, na antevéspera da eleição geral de 2022. 

É difícil consertar o Brasil.

FIEC CELEBRA 73 ANOS DO SESI-CEARÁ

Uma cerimônia intimista imposta pelos protocolos de combate à pandemia da Cvid-19 marcou ontem a celebração dos 73 anos de atividades do capítulo cearense do Serviço Social da Indústria (Sesi), organismo do Sistema Fiec.

Na presença do presidente da Fiec, Ricardo Cavalcante, a superintendente do Sesi-Ceará, Veridiana Soárez, disse que sua meta, no curto prazo, é dobrar o número de alunos e escolas da instituição no Estado, “pois acreditamos que tudo vem da educação, uma vez que ela é o caminho para o crescimento dos indivíduos, das indústrias e do Ceará”.

Por sua vez, Ricardo Cavalcante disse em seu discurso:

“Parabenizo todos os que fazem o Sesi-Ceará pelo seu incansável trabalho na promoção de serviços para o fortalecimento do bem-estar das indústrias, de seus trabalhadores, de seus filhos e da sociedade. Durante este período tão difícil da pandemia, conseguimos mostrar que o Sistema Fiec, em especial o Sesi, tem trabalhado incansavelmente, sem deixar de atender às necessidades de nossas empresas e do nosso povo, participando ativamente de nossas vidas”.

MARQUISE ANUNCIA UM MEGA EDIFÍCIO

Informa a Marquise Incorporações, um dos braços da construção civil do Grupo Marquise:

Lançará, nos próximos dias, seu novo empreendimento, um condomínio residencial vertical, já denominado de Hemisphere Residence.

Será localizado no Meireles, a 300 metros da Beira Mar e com quase 100 metros de altura, ou seja, com mais e 40 andares.

TAP DEMITE FUNCIONÁRIOS

Enfrentando grave crise financeira, a TAP, cujos aviões ligavam diariamente, antes da pandemia, Fortaleza a vários destinos da Europa, anunciou na manhã desta quinta-feira a demissão de 124 funcionários.

O plano de reestruturação da empresa prevê a demissão de duas mil pessoas.

Entre os 124 demitidos hoje, estão 35 pilotos e 28 comissários, uma mão de obra especializada e muito procurada, principalmente pelos países da Ásia e do Oriente Médio.