Engenheiro diz: 'Não há crise de energia, mas crise política'

"Se o Ministério de Minas e Energia ou a Aneel decretar agora um racionamento de energia, será melhor fechar o ONS e a ANA juntos, pois o desrespeito ao belo trabalho dos dois órgãos será assustador”, afirma o cearense Fernando Ximenes.

Dono da Gram Eollic, empresa especializada em energia, o engenheiro cearense Fernando Ximenes insiste: “Não há crise energética no Brasil. O que há é uma crise política”, afirma ele.

Ximenes, que passa a semana em outros estados do país, instalando projetos de todos os portes de geração solar fotovoltaica, argumenta: 

“A esquerda quer, no grito, convencer que há uma crise no setor de energia para frear o desenvolvimento nacional, pois não existem dados que provem a existência de seca nas barragens das usinas hidrelétricas e muito menos carência de linhas de transmissão”. 

A posição de Fernando Ximenes vai na direção contrária ao que estão dizendo até técnicos e autoridades do Ministério de Minas e Energia e da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Ele explica:

“O SIN – Sistema Interligado Nacional – está operando com folga confortável. Há uma média de 38% de sobra de energia. Portanto, todos os discursos, inclusive o de ambientalistas, de crise energética são o oposto dos dados dos boletins de monitoramento do ONS (Operador Nacional do Sistema) e da ANA (Agência Nacional de Águas)”.

Por isto, na opinião do dono da Gram Eollic, “se o Ministério de Minas e Energia ou a Aneel decretar agora um racionamento de energia, será melhor fechar o ONS e a ANA juntos, pois o desrespeito ao belo trabalho dos dois órgãos será assustador”.

Fernando Ximenes diz que, “na verdade, o que acontece hoje é um crescimento acelerado e surpreende da economia brasileira, cujo PIB subiu mais do que esperava o mercado, apesar do ‘lockdown’ causado pela pandemia. A Bolsa bateu nos 130 mil pontos e o dólar está em queda”.

Sem se declarar bolsonarista, mas reconhecendo-se “um técnico que entende de energia”, ele põe força na voz para dizer:

“Alguém, neste momento, pelo bem do Brasil e amor à pátria, tem que desmentir toda essa conversa fiada de crise energética brasileira. Tudo isto é uma afronta à pátria e a soberania nacional. Estão colocando a técnica no lixo e a política fecal no ventilador."

E, com mais entusiasmo, Fernando Ximenes conclui, apontando números e possibilidades:

“Neste momento, nós empresas privadas, equipes de engenharia e investidores, estamos desbravando o Brasil, todos engajados em desenvolver novos projetos, eu mesmo, quase toda semana saio do Ceará, minha terra, na segunda-feira voltando para casa na sexta-feira para desbravar novos projetos e colocar em operação novas usinas energéticas. 

"Já temos 145.600 quilômetros de Linhas de Transmissão, que serão 184 mil quilômetros daqui a três anos. Com essa magnífica infraestrutura e produzindo todo o imenso potencial energético de que dispomos, o Brasil não somente atenderá sua própria demanda como também, através de suas Linhas de Transmissão, exportará energia para todo o Mercosul.”



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