Opinião
Energia eólica: Ceará não tem bons ventos
Maior desenvolvedora de projetos de geração de energias renováveis no País, a Casa dos Ventos é uma empresa cujo sócio majoritário, o cearense Mário Araripe, tem empreendimentos já instalados e em operação em vários estados, inclusive nos vizinhos Rio Grande do Norte e Piauí e na distante Bahia. Neste momento, ele investe uma montanha do tamanho de quase R$ 5 bilhões no maior projeto de geração eólica da América Latina, aqui ao lado, na geografia do Rio Grande do Norte, onde constrói o Rio dos Ventos, que gerará 1,2 GW (gigawatts) de energia, metade dos quais operará ao longo de 2021. Surge a pergunta: por que Mário Araripe não investe mais no Ceará, cujos bancos de vento são tão constantes quanto os potiguares, piauienses e baianos? Houve uma época em que o Ceará liderava, largamente, os investimentos em energia eólica. Hoje, o Estado é só o quarto colocado nesse ranking. Mesmo tendo criado uma Secretaria Executiva de Energia na estrutura administrativa da Secretaria de Infraestrutura, o setor pouco avançou.
Uma fonte desta coluna - engenheiro com especialização em energia - revelou que o principal problema é a natureza: os ventos fortes do Ceará localizam-se no litoral, e por isto mesmo as torres e suas pás eólicas agridem o meio ambiente. “A exceção é a Serra da Ibiapaba, onde os ventos são bons e constantes, onde o meio ambiente é preservado e onde, por esta razão, a Casa dos Ventos implantou um parque de geração eólica”, que opera sem problemas, revela a fonte. No Rio Grande do Norte, no Piauí e na Bahia, os projetos da Casa dos Ventos são implantados nas serras do Polígono das Secas, cujos bancos de vento são considerados excelentes. A mesma fonte, porém, salientou: “O Ceará é muito bom local para projetos de geração de energia solar fotovoltaica”. Então, que tal um esforço no sentido de atrair investidores, a começar por Mário Araripe?
Análise
Liderada pelo economista Célio Fernando, a cearense BFA Assessoria em Finanças e Negócios, especializada em fusões e aquisições, distribuiu ontem aos seus clientes um relatório de nove páginas, em que diz: “O viés macroeconômico vivido na economia brasileira com a taxa básica de juros em 2% e demanda criada com o Auxílio Emergencial impulsiona uma recuperação bastante difícil para 2021. A inflação continua subindo com um mix de fatores de oferta, de demanda e de custos. Além disso, as reformas não avançam, apenas a dívida pública, em patamar acima de 90% do PIB”. E o Congresso de Rodrigo Maia e Alcolumbre está de costas para a crise.
Abre-se às 10 horas de hoje no Iguatemi mais uma loja Zeni em Fortaleza. Ela está localizada no térreo do shopping, na Washington Soares, 85. A rede Zenir tem agora 52 unidades em todo o Ceará, devendo, ainda neste dezembro, inaugurar mais duas lojas O grupo gera 1.800 empregos diretos, sendo hoje uma gigante do varejo.
Será reduzida de 102 para 94 aviões a frota da TAP, que já teve voos diários de Fortaleza para Lisboa e agora tem só três por semana. A aérea portuguesa, por causa da crise, está vendendo seus aviões mais antigos, com 20 anos de uso. Em junho, ela tinha 108 aeronaves. Os oito aviões que serão vendidos agora já têm comprador.
