Crise! Governo do Ceará renegocia contratos com fornecedores: 30% a menos

"Todos terão de ceder, até os funcionários públicos, que, provavelmente em junho, terão os seus vencimentos reduzidos como forma de colaboração com este momento de grave crise", disse um secretário do governo cearense.

Exclusivo!! Todo o esforço está a fazer neste momento o governo do Ceará para preservar bem ajustadas as suas contas.

Elas foram naturalmente abaladas pelos danosos efeitos da pandemia do coronavírus, os quais – por causa do isolamento social e da proibição de funcionamento da atividade econômica, com as exceções conhecidas – levaram à drástica redução do consumo de combustíveis e de energia elétrica, dois dos três (o terceiro é o de telecomunicações) setores que contribuem para a arrecadação do ICMS.

Para enfrentar o desafio de dar assistência sanitária aos milhares de infectados na rede pública de saúde, salvando vidas, o que exige gasto de muito dinheiro, e de, ao mesmo tempo, assegurar a comida da população carcerária, a munição da Polícia e a circulação das viaturas de sua estrutura de segurança pública, além de garantir em dia o pagamento da folha de seu pessoal ativo e de aposentado e pensionistas, o governo estadual faz o que manda o regulamento.

E o regulamento manda cortar gastos em todas as áreas possíveis.

Nesta quinta-feira, 16, esta coluna apurou que o governo cearense está renegociando contratos com seus fornecedores de produtos, serviços e, também, de imóveis.

Um industrial revelou à coluna que aceitou reduzir em 30% o valor de seu contrato com o governo estadual.

Dois secretários do governo confirmaram que está havendo renegociação de contraros com os fornecedores.

E também confirmaram que o porcentual de redução é de 30%.

De acordo com as mesmas fontes, o governo tem um forte e irrefutável argumento para a renegociação: a emergência da pandemia.

"Eu tive de concordar, e concordei", disse o industrial, que manteve seu contrato de locação de um imóvel de sua propriedade a um organismo da administração estadual.

A renegociação vale para todos os fornecedores, incluindo os de imóveis, automóveis, mão de obra terceirizada, material de higiene e limpeza, informática e medicamentos.

Um importante secretário do governo disse o seguinte:

"Todos terão de ceder, até os funcionários públicos, que, provavelmente em junho, terão os seus vencimentos reduzidos como forma de colaboração com este momento de grave crise", disse ele.