Exclusivo!! Todo o esforço está a fazer neste momento o governo do Ceará para preservar bem ajustadas as suas contas.
Elas foram naturalmente abaladas pelos danosos efeitos da pandemia do coronavírus, os quais – por causa do isolamento social e da proibição de funcionamento da atividade econômica, com as exceções conhecidas – levaram à drástica redução do consumo de combustíveis e de energia elétrica, dois dos três (o terceiro é o de telecomunicações) setores que contribuem para a arrecadação do ICMS.
Para enfrentar o desafio de dar assistência sanitária aos milhares de infectados na rede pública de saúde, salvando vidas, o que exige gasto de muito dinheiro, e de, ao mesmo tempo, assegurar a comida da população carcerária, a munição da Polícia e a circulação das viaturas de sua estrutura de segurança pública, além de garantir em dia o pagamento da folha de seu pessoal ativo e de aposentado e pensionistas, o governo estadual faz o que manda o regulamento.
E o regulamento manda cortar gastos em todas as áreas possíveis.
Nesta quinta-feira, 16, esta coluna apurou que o governo cearense está renegociando contratos com seus fornecedores de produtos, serviços e, também, de imóveis.
Um industrial revelou à coluna que aceitou reduzir em 30% o valor de seu contrato com o governo estadual.
Dois secretários do governo confirmaram que está havendo renegociação de contraros com os fornecedores.
E também confirmaram que o porcentual de redução é de 30%.
De acordo com as mesmas fontes, o governo tem um forte e irrefutável argumento para a renegociação: a emergência da pandemia.
"Eu tive de concordar, e concordei", disse o industrial, que manteve seu contrato de locação de um imóvel de sua propriedade a um organismo da administração estadual.
A renegociação vale para todos os fornecedores, incluindo os de imóveis, automóveis, mão de obra terceirizada, material de higiene e limpeza, informática e medicamentos.
Um importante secretário do governo disse o seguinte:
"Todos terão de ceder, até os funcionários públicos, que, provavelmente em junho, terão os seus vencimentos reduzidos como forma de colaboração com este momento de grave crise", disse ele.