Covid-19: Levy desconfia de que a conta será paga pelos contribuintes

Pela longa tradição brasileira, não surpreenderá se, na árvore da Reforma Tributária, surgir um jaboti com nova versão da CPMF. Jaboti não sobe em árvore, alguém o põe lá.

Ministro da Fazenda do governo da presidente Dilma Roussef e  ex-presidente do BNDES no governo do presidente Bolsonaro, o engenheiro naval e doutor em economia Joaquim Levy participou ontem de uma videoconferência com empresários cearenses, organizado pelo Lide-Ceará, presidido por Emília Buarque. 

Levy, assim como seus interlocutores, entre os quais os empresários Beto Studart e Lauro Fiúza, afirmou que a aprovação da Reforma Tributária será, como o foi a da Previdência, um parto difícil, complicado, pois tem a ver com o Pacto Federativo. 

Mas opinou que um novo modelo tributário sem PIS e Cofins “já será um grande ganho”. 

A videoconferência começou pouco depois das 12h30min. Lá pelas 13h40min, Levy lembrou que já era hora de almoçar. 

Talvez pressionado pela fome, ele deixou escapar que está “desconfiado” de que a montanha de dinheiro – algo como R$ 900 bilhões - que o governo está usando para combater a pandemia da Covid-19, para socorrer estados e municípios e para garantir um auxílio emergencial aos que não tinham emprego e aos que perderam o emprego que tinham, vai, certamente e de novo, cair nas costas do contribuinte. 

Acompanhando o debate, o empresário Cláudio Targino, que hoje administra os imóveis e as remanescentes plantações de cana de açúcar de família, mandou mensagem ao moderador, dizendo que tem, também, essa mesma desconfiança. 

Pela longa tradição brasileira, não surpreenderá se, na árvore da Reforma Tributária, surgir um jaboti com nova versão da CPMF. 

Sempre é bomlembrar que jaboti não sobe em árvore. Alguém o coloca lá.
 
CONFUSÃO

Do jeito que caminham as coisas, parece existir no país uma força-tarefa mobilizada no sentido de inviabilizar os esforços para o efetivo enfrentamento da pandemia do coronavírus, de reanimar a economia em recessão, de normalizar as relações entre os três poderes da República e de recolocar o país nos eixos. 

Esse esforço parece caminhar para o quanto pior, melhor. 

Algo que só interessa aos radicais da política ideológica, à esquerda e à direita. 

Ao povo ordeiro, que trabalha e produz, essa confusão não interessa.
 
GOVERNANÇA

Fabiano Barreira Ponte, presidente do Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação do Ceará (Seacec), informa: 

Sua entidade, em parceria com o Sindicato das Empresas de Segurança Privada (Sindesp), promoverá na próxima 2ª feira, 22, às 17 horas, uma vídeo conferência para debater “Compliance e Governança em Tempos de Covid-19”. 

Augusto Nardes, ministro do TCU, o juiz federal João Carlos Mayer Soares e o conferencista Jaques Reolon, falarão. 

Os empresários dos dois setores querem entender melhor “este momento sensível de nossa história, causado pela pandemia do novo coronavírus”, como diz Fabiano Barreira. 

DOAÇÃO

Fabricante e exportadora de pás eólicas no Complexo do Pecém, a Aeris doou mais de 10 mil Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e material de higiene e limpeza para profissionais de saúde da Prefeitura de São Gonçalo do Amarante, em cuja geografia está o Porto do Pecém. 

Também doou 60 toneladas de alimentos em cestas básicas. 

O Beach Park também fez doações: foram 48t oneladas de alimentos para famílias pobres de Aquiraz.

Há mais doações: 

A Vale, uma das acionistas da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), doou 15.600 testes rápidos, 200 mil máscaras cirúrgicas de tripla proteção e 2.000 máscaras PFF2 ao Governo do Estado do Ceará, como uma medida de contribuição ao controle da pandemia do novo coronavírus (COVID-19) no Ceará.

Os materiais já foram entregues à Secretaria de Saúde do Estado do Ceará, responsável pela distribuição para unidades de saúde espalhadas pelo Estado.

E a Unica, cooperativa de produtores de cana de SãoPaulo, produziu e doou de novo 30 mil litros de álcool 70% para as unidades públicas de saúde do estado do Ceará.  

SANEAMENTO

Se - e quando - for aprovado o Novo Marco do Saneamento, o Banco do Nordeste poderá financiar projetos de oferta de água e esgoto a juros de 0,8% ao ano. Ao Ano!!! 

Graças a um deságio inserido na TLP (Taxa de Longo Prazo) dos financiamentos do FNE e a um desconto adicional de 20%, tido isso obtido durante tratativa do então presidente do BNB, economista Marcos Holanda. 

Quem o revela a esta coluna é o próprio Marcos Holanda.



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