Coronavírus derruba em 70% a venda de flores e plantas ornamentais

O cancelamento de eventos foi o principal motivo das perdas registradas já na semana passada pela floricultura nacional.

A floricultura brasileira - a do Ceará no meio - também está sentindo os reflexos da pandemia de coronavírus.

O cancelamento de eventos foi o principal motivo das perdas registradas já na semana passada pela floricultura nacional.

O Instituto Brasileiro de Floricultura (Ibraflor) e as cooperativas de Holambra (SP) – Veiling e Cooperflora – iniciaram a campanha intitulada “O Poder das Flores e das Plantas – A Flor é o Alimento para a Alma” para estimular o consumo individual com o mote de que - mais do que embelezar e decorar as residências, escritórios e empresas - as plantas e flores purificam o ar, ajudam a relaxar e a reduzir o estresse, estimulam a criatividade e melhoram o bem-estar e a qualidade de vida.

Mas o movimento do setor não se limita a incentivar o consumo individual e analisa a viabilidade da aplicação de uma série de medidas para equilibrar o mercado.

Além da campanha, o setor já conseguiu a liberação da circulação dos caminhões dentro do estado de São Paulo e está em contato com várias entidades governamentais para também liberar o comércio e o trânsito livre dos veículos para o abastecimento do mercado em outros estados.                 

“A situação é dramática. As vendas de flores e plantas ornamentais caíram 70% na semana passada nos supermercados e floriculturas de todo o país. Não vendemos mais do que 30% do faturamento previsto para a semana”, informa Kees Schoenmaker, presidente do Ibraflor.

O maior motivo da desaceleração do mercado foi a determinação governamental do cancelamento obrigatório de todos os eventos que provocassem a aglomeração de pessoas: formaturas, casamentos, aniversários, simpósios, seminários e até cursos. Tudo foi fechado. Até os salões de festas dos condomínios residenciais. “Esta semana deverá ser pior”, acredita Schoenmaker.

Para a retomada pelo menos parcial das vendas aos consumidores, o Ibraflor e as cooperativas pediram o apoio da Associação Brasileira de Supermercadistas (Abras) para manter os espaços nos supermercados e ajudar a promover a campanha das flores e plantas como “alimento para a alma”. Outra ação seria a doação das flores e plantas que são comercializadas nesses locais para que as pessoas sintam “o poder das flores e plantas” dentro das casas.