Com culturas protegidas, Agro do Ceará dará salto de qualidade

Sob estufas, mas sem tecnologia, a produtividade da cultura de tomate chega a 3 quilos por metro cúbico de água. Sob estufas e usando alta tecnologia, essa produtividade salta para 43 quilos por metro cúbico de água.

Por que as culturas protegidas, isto é, desenvolvidas sob estufas, avançam no mundo todo, inclusive no Ceará? 

Resposta: porque sua produtividade é surpreendente e impressionantemente maior do que as desenvolvidas a céu aberto. 

Aos empresários da agropecuária cearense com os quais se reuniu ontem por vídeo conferência, o agrônomo Sílvio Carlos Ribeiro, titular da Secretaria Executiva do Agronegócio, vinculada à Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Trabalho (Sedet), mostrou exemplos, um dos quais, porém, chamou a atenção: 

Cultivada a céu aberto, ou seja, consumindo mais água e exposta ao ataque das pragas e doenças, a produtividade do tomate não passa de 3 quilos por metro cúbico de água; 

Sob estufa, mas sem o uso de tecnologia, essa produtividade salta para 13 quilos por metro cúbico de água; 

Sob estufa e utilizando a alta tecnologia que reduz ao mínimo o uso de água, que é fornecida às plantas por gotejamento controlado por sensores, a produtividade chega a inacreditáveis 43 quilos por metro cúbico de água. 

Voz experiente, falando sobre um tema que domina e abordando os diferentes aspectos das Culturas Protegidas, o empresário Carlos Prado, fundador da Itaueira, que, sob estufas, produz em São Benedito, na Ibiapaba, e comercializa para as grandes redes do varejo nacional os pimentões coloridos da marca “Rei”, pediu a palavra para conduzir o auditório à realidade. 

Prado explicou: 

“Esses altos índices de produtividade existem mesmo, mas só são alcançados depois de duro e caro investimento na adaptação da tecnologia ao clima e ao solo da região e na qualificação e adequação da mão de obra, e isto demora alguns anos de muito trabalho, sacrifício, dedicação e dinheiro. Não é nem será da noite para o dia. Mas o projeto da Sedet merece o nosso apoio e o nosso aplauso, pois abre novas alternativas para o agronegócio no Ceará”.
  
SÃO FRANCISCO

Disse ontem o presidente Jair Bolsonaro, por meio de suas redes sociais, que o Projeto São Francisco de Integração de Bacias não será privatizado. 

Segundo ele, haverá uma parceria com a iniciativa privada, o que é diferente de privatização. 

Falta combinar com a equipe econômica, que instruiu o BNDES a desenhar um modelo de privatização para a operação e manutenção do maior empreendimento de infraestrutura hídrica já executado no Brasil. 

Bem, sobre o assunto, o resumo é o seguinte: o Tesouro Nacional não tem hoje, nem terá amanhã, dinheiro para operar e manter o Projeto São Francisco, que só de energia elétrica consumirá o equivalente a R$ 300 milhões por ano. 

O que fazer, então? Buscar a participação da empresa privada por meio de privatização ou concessão. 

O Projeto São Francisco já absorveu mais de R$ 10 bilhões de investimentos, mas precisará de outro tanto para ser concluído. 

Na lista das conclusões, estão os ramais do Apodi e do Salgado, sendo que o primeiro será licitado nos próximos 90 dias. 
Enquanto isso, as águas do rio São Francisco continuam sua viagem pelo Cinturão das Águas em direção ao açude Castanhão, seu destino final no Ceará, onde chegará lá pelo mês de março ou abril.

É A PRIMEIRA!

Festa na Cagece, que alcançou todas as metas do Programa Nacional de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano, do Ministério da Saúde. 

A estatal cearense, que é citada pelo ministério como referência nacional no controle da qualidade da água, ficou em primeiro lugar no ranking nacional, ao lado de Santa Catarina.
 
CIENTISTAS

Duas pesquisadoras da Embrapa Agroindústria Tropical, que tem sede aqui em Fortaleza, foram incluídas na relação dos 100 mil cientistas mais influentes do mundo no ano de 2019. 

Henriette Azeredo e Morsyleide Rosa merecerem elogios da Universidade de Stanford, uma das mais importantes dos EUA, que elaborou a lista, publicada no jornal Plos Biology, no último dia 16 de outubro. 

Outros oito pesquisadores de outras unidades da Embrapa também entraram no ranking.

AEROPORTO

Discreto, como sempre foi, mas competente na execução do que lhe cabe, o secretário de Infraestrutura do Governo do Estado, engenheiro Lúcio Gomes, anunciou ontem o início da licitação para a construção da Estação de Passageiros do futuro Aeroporto Regional de Sobral, uma das prioridades da segunda metade do segundi mandato do governador Camilo Santana.

Estima o secrerário Lúcio Gomes que, lá pelo mês de setembro de 2022, o aeroporto sobralense, com 1.800 metros de pista, podendo receber Boieng 737, estará concluído e em operação.

O turismo agradece antecipadamente.

BONDINHO

De Teresina, onde mora, o leitor Augusto Eduardo Saraiva, manda dizer que, em dezembro, viajará de automóvel de lá para Fortaleza, fazendo uma escala em Ubajara. 

Mas pergunta: “Já está pronta a recuperação do bondinho? Só pernoitaremos em Ubajara, se o bondinho estiver operando”. 
Infelizmente, não está pronto. Faltam ser ainda executados 5% do serviço de recuperação do teleférico. 

A empresa que executava o trabalho foi à garra, o que causou a abertura de nova licitação cujo processo prossegue. 

SIDERURGICA

A Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) abriu inscrições para a seleção de 80 vagas para o seu Programa Aprendiz e Aprendiz Pessoa com Deficiência (PDC), criado para desenvolver jovens profissionais para oportunidades futuras na siderúrgica ou em outras empresas no mercado de trabalho. 

Serão 40 vagas a serem preenchidas em fevereiro e 40 vagas em abril. As inscrições ficam abertas até 2 de dezembro de 2020 e podem ser feitas somente por meio do site da CSP.

A prioridade para os aprendizes é residir em municípios próximos à CSP, como São Gonçalo do Amarante e Caucaia. Para o Aprendiz PCD, é válido também para Fortaleza. 

Os currículos obtidos a partir dessa inscrição também serão utilizados para selecionar as próximas turmas de aprendizes no decorrer do ano de 2021.

O programa conta com a parceria do Senai-CE, responsável pela capacitação dos jovens aprendizes em parceria com a siderúrgica.  



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