Com China, produção de melão do Ceará terá de expandir área plantada

Donos de terras em Aracati e Icapuí - zona livre da mosca da fruta - começam a olhar com interesse para a fruticultura, que cresce no Leste cearense.

Toda a geografia dos municípios de Aracati e Icapui, além da Chapada do Apodi, no Leste do Ceará, está incluída na área livre da mosca da fruta. Isto quer dizer que a produção da fruticultura ali desenvolvida e em franca expansão – melão e banana, principalmente – pode ser exportada para os mercados mundiais. 

Este é um detalhe importante da notícia que esta coluna publicou quinta-feira, 8, em sua versão digital no portal do Diário do Nordeste, relativa ao início da exportação do melão cearense para a China (ele já é exportado para a Europa, os EUA, o Canadá e o Oriente Médio). 

Isso acontecerá no próximo dia 26, quando a Agrícola Famosa iniciará suas exportações para o mercado chinês. 

Nesse dia, serão lacrados e enviados para a China os primeiros dois contêineres com 3.400 caixas carregadas de melão produzido em Icapuí, onde se localizam os campos de produção e a “paking house” (área de controle de qualidade e de embalagem) da empresa. 

Agora, reparem: as exportações para a China, no curto prazo, serão multiplicadas. Isso exigirá, naturalmente, mais área para o cultivo do melão no Ceará. 

Donos de terras em Aracati e Icapuí começam a olhar com interesse para a fruticultura. É exatamente por esta razão, também, que a Itaueira Agropecuária voltará a produzir, no próximo ano, melão e melancia em sua fazenda de Aracati, às margens do Canal do Trabalhador. Toda a produção será destinada ao mercado internacional. Tradicionais clientes europeus, norte-americanos e canadenses da Itaueira já foram avisados da novidade. 

ÁGUA 

Mas há um problema antigo a ser enfrentado: a oferta de água.

A chegada das águas do São Francisco ao Castanhão – o que acontecerá daqui a cinco ou seis meses - garantirá a oferta hídrica de que precisa o Baixo Jaguaribe para a sua agricultura irrigada. 

Mas é aqui que reside a questão: entre o Castanhão, em Jaguaribara, e a barragem de Pedrinhas, em Limoeiro do Norte, há dezenas de pequenos agricultores – e até algumas pessoas jurídicas – que, sem outorga da Cogerh, usam irregularmente a água do Jaguaribe para atividades econômicas, sem pagar um centavo por isso. 

Como não há fiscalização, esses desvios crescem, prejudicando os que produzem legalmente, pagando pelo consumo da água e da energia elétrica  fornecida pela Enele dando emprego formal, isto é, com carteira assinada. 

O Governo do Estado já fez, sem êxito, várias tentativas para impedir essas ações criminosas, que prosseguem também no Distrito Irrigado Jaguaribe-Apodi (Dirja).

E por falar em crimse: a Polícia ainda não identificou o autor ou autores dos dois incêndios que destruiíram fardos de algodão - de 17 toneladas cada um - colhido na Chapada do Apodi.

CORREIOS

Nos próximos dias 13 e 15, os Correios promoverão um Feirão de Imóveis – apartamentos no meio – localizados em quase todos os estados do País, inclusive no Ceará. 

Os cearenses interessados em participar das licitações devem apresentar as propostas em envelopes fechados, os quais serão abertos na data marcada. 

O acesso aos editais e demais informações sobre cada certame estão disponíveis no site dos Correios.

CARESTIA

Uma indústria têxtil de Fortaleza tomou um susto neste outubro: 

Os preços dos produtos da cesta básica que ela distribui aos seus quase 600 funcionários subiram 37% de março até setembro. 
Saída: a empresa trocou os produtos de marcas famosas pelos mesmos itens de marcas, digamos assim, menos badaladas. 

E obteve redução de custos, mantendoa distribuição das cestas básicas.

BANANA

Desabou a produção de banana no Ceará. 

Culpa da equivocada Lei, aprovada pelo Legislativo estadual com o apoio da bancada do Governo, proibindo a pulverização aérea das plantações agrícolas. 

O Ceará, que era o líder da exportação de banana, com até 18 mil toneladas/ano, produz hoje só 12mil toneladas/ano. 

Perdeu a posição para o Rio Grande do Sul. 

O Ceará é o único estado que proíbe a pulverização aérea.



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