Ceará: algodão será de novo ouro branco

Deram-se as mãos o Governo do Estado, a iniciativa privada e o produtor rural para viabilizar, em tempo curtíssimo, o Projeto de Reabilitação da Cultura do Algodão no Ceará. Grandes empresários do setor agrícola cearense - antes céticos quanto ao sucesso da empreitada - agora já enxergam boas possibilidades de êxito do empreendimento. Há dois anos, está acontecendo o seguinte: indústrias têxteis, principalmente as de fiação e tecelagem, apostando na tradição de que o Ceará e sua região semiárida já foram o maior produtor de algodão do Nordeste e um dos três maiores do País, decidiram associar-se à iniciativa da Secretaria Executiva do Agronegócio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico. Ato contínuo, as duas partes procuraram os pequenos produtores de diferentes regiões do Estado - o Cariri e a Chapada do Apodi, no meio - com esta proposta: os produtores plantam as sementes (desenvolvidas pela Embrapa) que o Estado lhes oferece e a indústria financia a colheita mecanizada e garante a compra da produção por preços de mercado. Feito! O modelo expande-se, novos produtores aderem ao programa e mais indústrias de fios e tecidos do Ceará agregam-se a essa experiência tripartite, que pretende, no tempo de um lustro ou menos, chegar a 30 mil hectares cultivados de algodão de sequeiro em algumas áreas e irrigado em outras. No Cariri e no Apodi, as duas técnicas podem ser usadas simultaneamente, dependendo da normalidade das chuvas e de sua distribuição espacial. O algodão já foi chamado aqui de ouro branco. Se-lo-á outra vez.

Irmão sol

Novidade na área da energia elétrica: o empresário e também político Carlos Prado criou e já opera a Solarisa Brasil, empresa que projeta e instala parques de micro e mini geração de energia solar. À Solarisa associou-se Vinícius Cruz, seu diretor técnico, engenheiro especialista em energias renováveis. Carlos Matos e sua empresa já instalaram seu primeiro parque, localizado em Aquiraz, com 711 painéis fotovoltaicos e potência de 246 KW no pico. A conta de luz do cliente será reduzida em 70%. Mais 4 estão em instalação.

INSEGURANÇA

Opinião de Antônio Lúcio Carneiro, CEO da Resibras, que produz, beneficia e exporta castanha de caju: "Além de minar a confiança do empresário, a insegurança jurídica é mais um motivo para que se aprove logo a Reforma Tributária".

Patriolino Dias, presidente do Sinduscon, está muito satisfeito com os resultados da parceria que sua entidade celebrou com o Sesi-Ceará. Por meio dela, os trabalhadores das empresas associadas, presentes nos seus canteiros de obras, têm atendimento médico remoto e um plano de combate à Covid-19.

Paulo césar queiroz, leitor atento desta coluna, chama a atenção de quem interessar possa: no Porto das Dunas - como em outras praias cearenses - "há de tudo nos fins de semana: desde aglomeração na praia e nos bares, paredões de som e passeios de veículos 4x4 na praia". E conclui: "Há ou não há isolamento social ?"



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