Vem aí uma nova safra brasileira de milho para o ciclo 2023/2024. Segundo a União Nacional do Etanol do Milho (Unem), serão produzidos 6 bilhões de litros desse biocombustível – ou seja, 36,7% a mais do que no atual ciclo 2022/2023.
A informação foi transmitida pela direção da Unem ao ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, /2024.
“Os números positivos do setor caminham no sentido da sustentabilidade e da geração de empregos pelas quais estamos trabalhando”, comentou o ministro.
Fávaro explicou que uma das vantagens do etanol do milho brasileiro na comparação com o mesmo combustível produzido pelos Estados Unidos são as características da agricultura tropical que permitem a produção de alimentos, biocombustíveis e fibras em sistema de rotação de culturas e plantio direto, viabilizando de duas a três safras em um mesmo ano, segregando insumos, compartilhando operações e otimizando a rota e o uso do solo.
De acordo com o presidente-executivo da Unem, Guilherme Nolasco, o etanol do milho de segunda safra trouxe renda e previsibilidade ao produtor rural , possibilitando o aumento da área plantada e da produtividade sem a necessidade de incorporar novas áreas de fronteiras para a exploração.
Além disso, o setor investe nas florestas plantadas, utilizando o eucalipto para a geração de vapor e energia na produção de etanol e cogeração para o sistema nacional, diferentemente de outros países que se utilizam de matriz fóssil.
Para a produção recorde, três novas indústrias devem atuar na produção, totalizando 21 autorizadas até meados do ciclo 2023/2024.
Entre as propostas para o fortalecimento do setor, está o desenvolvimento e a consolidação de programas como o Renovabio, que tem como objetivo o aprimoramento das políticas e aspectos regulatórios dos biocombustíveis.