Bolsonaro e Marinho: Projeto S. Francisco é obra do Estado brasileiro

As águas, que chegam hoje ao Ceará, garantirão o abastecimento da população e das indústrias da Região Metropolitana de Fortaleza, liberando as do Castanhão também para as atividades econômicas do Baixo Jaguaribe.

Hoje, sexta-feira, 26, é um dia histórico para o Ceará e os cearenses. 

O presidente Jair Bolsonaro assiste às 11 horas, com o seu ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, um nordestino do RN, e com o governador Camilo Santana, à chegada das águas do Projeto S. Francisco de Integração de Bacias à barragem de Jati, no Sul do Estado, de onde, dentro de 30 dias, quando ela estiver vertendo, partirão para a viagem de quatro meses ao seu destino final cearense – o Açude Castanhão. 

Trata-se de uma obra com características econômicas, sociais e políticas. 

Econômicas, porque essas águas garantirão o abastecimento da população e das indústrias das cidades da Região Metropolitana de Fortaleza, liberando as do Castanhão para as atividades econômicas do Baixo Jaguaribe. 

Sociais, porque milhões de pessoas terão assegurada a oferta de água. 

Políticas, porque, nos últimos 150 anos, houve renovadas promessas de sucessivos governos de que o semiárido do Nordeste Setentrional teria o insumo que lhe faltava para crescer, o que só agora épossível, mesmo assim depois de quase 15 anos de serviços e muito dinheiro público investido (mais de R$ 10 bilhões).

Esta coluna faz uma referência aos que permitiram a viabilidade do Projeto S. Francisco: o ex-presidente Lula, que decidiu executa-lo, e seu ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes, que o convenceu a fazê-la.

Mas o presidente Bolsonaro e o ministro Rogério Marinho estão a dizer que o Projeto S. Francisco "é uma obra do Estado brasileiro". 

Portanto, na opinião de ambos, não tem, nem deve ter patrono.   

CASAMENTOS

Informam as empresas cearenses de cerimoniais: 

Marcadas para março, abril, maio e junho deste ano, as celebrações matrimoniais nas igrejas católicas e evangélicas, com suas respectivas festas de recepção, foram transferidas para setembro, outubro, novembro e dezembro.

O setor de eventos foi um dos mais impactados pela pandemia do coronavírus. 

Toda a cadeia produtiva do setor – desde os bifês aos músicos, passando pelos fotógrafos e cinegrafistas até as empresas de locação de geradores de energia – sofrem penosamente os graves prejuízos causados pelo isolamento social. 

Que 2021 seja diferente.

FINANÇAS

Informação que chega da Secretaria de Finanças da PMF: 

A partir de segunda-feira, 29, a Sefin retomará o atendimento presencial aos seus contribuintes. 

Mas subordinado ao protocolo de segurança sanitária por causa da Covid-19. 

A Sefin tem uma meta: fazer crescer a arrecadação municipal, que tombou espetacularmente por causa da pandemia.

DUAS CLASSES

Agora é oficial: o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que o Brasil é dividido em duas categorias de trabalhadores: os de cima e os de baixo. 

Os primeiros - os do andar de cima - são os servidores públicos, que, além da estabilidade no emprego, não podem ter reduzidos os seus vencimentos, nem em situações de tragédia pandêmica, como esta da Covid-19. 

Os trabalhadores de baixo são os da iniciativa privada, que podem ser demitidos e, ainda, terem rebaixados seus salários em até 75% em situações de desemprego causadas por crise de pandemia, como agora.

GRANITOS 

Boa notícia! O Ceará retomou suas exportações de mármores e granitos para a Ásia. 

O presidente do Sindicato da Indústria de Mármores e Granitos (Simagran), Carlos Rubens Alencar, informa que está sendo exportado para a cidade de Xiamen, na China, o equivalente a 90 mil metros quadrados do granito Branco Ceará, considerado um dos mais belos do mundo. 

É o mesmo que torna muito bonito o Aeroporto de Abu Dabi, nos Emirados Árabes. 

Para Cingapura, a cidade estado do Sudeste da Ásia, está sendo exportado o equivalente a 25 mil metros quadrados do exótico Quartzito Matira, o mesmo que ornamenta o edifício BS Design, aqui em Fortaleza.

SANEAMENTO

Na votação – e aprovação – do Novo Marco Regulatório do Saneamento, 13 senadores votaram contra a proposta, 12 dos quais são das regiões Norte e Nordeste do País, exatamente as que registram os menores percentuais de redes de oferta de água tratada e de redes de esgotamento sanitário. 

Todos os senadores que votaram contra são de partidos de esquerda, a maioria deles de ideologia socialista. 

Parece interessante, para esses senadores, que se mantenha esse estado de pobreza em suas bases eleitorais. 

O Novo Marco Regulatório, aprovado por larga maioria do Senado com relatoria do cearense Tasso Jereissati, permitirá investimentos privados na área de saneamento.

Hoje, o setor é dominado por empresas estatais ineficientes, transformadas em cabides de emprego, com duas ou três exceções que confirmam a regra.



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