Assistência Técnica: Agronordeste e Senar fazem uma revolução no Ceará

Produtores rurais cearenses, divididos em 144 grupos de 30, fazem cursos que abrangem os diferentes setores da cadeia produtiva da agropecuária estadual. 

Começou a ser executado o maior programa de Assistência Técnica Gerencial (ATEG) já prestado até hoje ao produtor rural do Ceará.

Patrocinado pelo Ministério da Agricultura, por meio do Agronordeste, que entrou com a maior parte dos R$ 25 milhões que o financiam, o programa – ministrado pelo capítulo cearense do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-CE), um organismo da Confederação Nacional da Agricultura (CNA) aqui gerenciado pela Federação da Agricultura (Faec) - mobiliza 4.320 pequenos agricultores, divididos em 144 turmas de 30 pessoas, cada uma sob a liderança de um técnico - engenheiro agrônomo, médico veterinário ou técnico agrícola. 

Os produtores foram indicados por cada um dos 50 sindicatos rurais filiados à Faec. 

Os cursos abrangem os diferentes setores da cadeia produtiva da agropecuária estadual. 

Flávio Sabóya, presidente da Faec, revela que o programa durará três anos, ao fim dos quais  “poderemos ter uma novidade: o técnico que ministrou o curso muito provavelmente passará a ter uma relação profissional com os 30 produtores de sua turma, que não desejarão perder esse vínculo importante para a sua atividade”. 

Para bancar esse custo de ter ao seu lado e ao seu serviço um técnico permanente, os produtores – se forem pecuaristas - poderão criar um Fundo do Leite; se forem apicultores, um Fundo do Mel; se carcinicultores, um Fundo do Camarão, “e assim por diante”, como explica Sabóya.

Ele informa que, diferentemente de cursos anteriores, estes em execução pelo Agronordeste, via Senar-CE, têm uma estrutura gerencial própria.

Para cada grupo de 12 turmas de produtores em treinamento, há um supervisor que coordena o trabalho dos técnicos responsáveis pelos cursos. 

E, acima deles, há um grupo de inspetores do Senar, que fazem inspeções por amostragem, de surpresa. E tudo pelo meio digital.

“Pelo laptop ou pelo celular, é possível acompanhar em tempo real todo o programa, incluindo os deslocamentos de técnicos e supervisores e a leitura dos seus relatórios”, explica o presidente da Faec.

Um dos cursos que estão sendo prestados é o de Administração Rural, lembra Flávio Sabóya.  

IQUINE 

Chega nesta segunda-feir, 16, a Fortaleza o empresário pernambucano Alan Souza, sócio e diretor comercial da Indústria de Tintas do Nordeste (Iquine), que na última sexta-feira, 13, anunciou a compra – por valor não revelado – da cearense Tintas Hidracor, uma empresa do Grupo J. Macedo. 

A Iquine tem sede em Jaboatão dos Guararapes, na Grande Recife.

Alan e outros executivos da Iquine passam o dia de hoje, e o de amanhã também, conhecendo mais intimamente os seus colegas da Hidracor e seus planos estratégicos. 

A orientação da Iquine é no sentido de que a Hidracor siga avançando sobre o mercado regional de tintas. 

Fontes desse mercado disseram à coluna que a Iquine, com a aquisição da Hidracor - que em 2018 comprou a Hipercor do Grupo Edson Queiroz - torna-se a mais forte do setor no Nordeste, pois passa a contar com três marcas muito fortes na região.

Mas, atenção! Agora, a grande concorrente da Iquine é outra gigante cearense do setor, a Hidrotintas, que ainda não entrou no radar de compras da empresa pernambucana.  

HIDRACOR 

Ainda sobre tintas!

Rodrigo Andrade, diretor comercial da Tintas Hidracor, distribuiu sexta-feira, 13, comunicado aos seus clientes, com a seguinte mensagem:

“Hoje encerramos um ciclo. Após quatro anos na Hidracor, liderando seu time comercial e de marketing, obtivemos crescimento sustentado das receitas, evolução de margens, enobrecimento do mix de produtos e aumento no número de clientes fiéis (...) A partir de hoje, pertencemos ao grupo Iquine e nos tornamos a terceira empresa de tintas do País. (...) Novas conquistas nos esperam”. 

PECÉM 

Carlos Maia, sócio e diretor da Termaco, uma gigante cearense da operação portuária e da logística, acompanha pessoalmente, e com atenção, os entendimentos do Governo do Ceará com grupos estrangeiros que pretendem investir na instalação de uma indústria de beneficiamento de pescados e de um cais pesqueiro no Complexo do Pecém. 

Mas, com certeza, o coronavírus atrasará o cronograma das conversas. 

CAIXA 

Informa a Caixa Econômica Federal:

Ela tem R$ 40 bilhões para financiar o capital de giro de pequenas e médias empresas.

A nova linha de financiamento da Caixa é destinada a estimular a economia do País nestes tepos de coronavírus.

A Caixa tem, ainda, R$ 30 bilhões para a compra de carteiras.de pequenos e médios bancos.

Pedro Guimarães, seu presidente, jura: “A Caixa é o banco de maior liquidez do País. Tem R$ 300 bilhões em títulos públicos”. 

NO GIRO 

Opinião do economista Lauro Chaves Neto, professor da Uece, doutor em Desenvolvimento Regional e consultor da Fiec, sobre a decisão da Caixa Econômica de abrir linha de financiamento de R$ 40 bilhões para o capital de giro de pequenas e médias empresas:

“Com a iminente forte queda nas vendas e aumento da inadimplência, as empresas de ciclo operacional longo e/ou que trabalham com grande volume de compras a prazo dos fornecedores, se não tiverem injeção de capital de giro agora, terão a tendência de entrar em crise, gerando um efeito dominó perverso na economia”. 

INCRÍVEL

Cometeu um ato de irresponsabilidade o presidente da República, Jair Bolsonaro, ao desrespeitar as orientações do seu próprio Ministério da Saúde, cujo titular, ministro Luiz Henrique Mandetta, lhe recomendara guardar um período de isolamento até a realização de um novo exame para coronavírus (o primeiro deu negativo). 

Bolsonaro rompeu ontem, domingo, 15, à tarde, a quarentena e foi à rua para abraçar simpatizantes que, diante do Palácio do Planalto, faziam manifestação, convocada e desconvocada por ele, contra os poderes Judiciário e Legislativo. 

Errou do ponto de vista político e errou mais ainda do ponto de vista do seu próprio Governo, que deveria, nesta grave crise sanitária, com direta e imediata repercussão na economia, estar unido para a superação da emergência.

Para superar a emergência, aconselham os especialistas do mundo todo, uma das providências é proibir grandes concentrações de pessoas.

O coronavírus não é uma invenção da imprensa, não é uma marola, mas uma pandemia que já fechou grandes cidades na Ásia e na Europa e que, agora, avança pelas américas - o Brasil no meio. 

Na Argentina já morreram três pessoas vítimas do coronavírus.