Água dessalinizada é a saída, aposta Prado

Feliz por haver sido na véspera – dia dos seus 80 anos – vacinado contra a Covid-19 no “drive thru” instalado pela Secretaria de Saúde do Estado no Centro de Eventos (onde chegou às 11h50, foi atendido às 12 horas, conforme a agenda indicava, e liberado antes de 12h15, o que mostra a perfeita organização do serviço), o empresário Carlos Prado, vice-presidente da Fiec e fundador da Cemag e da Itaueira Agropecuária, não escondeu ontem sua alegria com a notícia do avanço do processo de licitação da primeira usina de dessalinização da água marinha no Brasil.

Ela será construída pelo Consórcio Águas de Fortaleza, liderado pela empresa cearense Marquise, na Praia do Futuro e produzirá, quando pronta estiver, daqui a dois anos ou menos, 1 m³ (mil litros) por segundo de água potável. Para Prado, essa será apenas a primeira de várias outras plantas dessalinizadoras da água do mar.

Ele explica: “O Ceará, que está de parabéns por se tornar pioneiro nessa fronteira da inovação. Não produzia energia. Agora, exporta-a, graças às novas fontes geradoras, como a eólica e a solar, cujos custos seguem sendo reduzidos em boa velocidade”.

Carlos Prado lembra que ainda é a energia o insumo mais caro do processo de dessalinização, mas em pouco tempo deixará de sê-lo. Assim, o Ceará, com seculares problemas de oferta hídrica inibidores de mais investimentos na agropecuária, tem um futuro muito promissor nessa área pelo uso da tecnologia de dessalinização da água do mar.

Este Estado dispõe de um litoral de 600 quilômetros de extensão e pode captar do oceano toda a água de que precisa para matar a sede de sua população humana e animal e, também, para mover suas atividades econômicas, principalmente as industriais e agrícolas.

A primeira usina de dessalinização, que será erguida pela Construtora Marquise em Fortaleza, tem tudo para ser a pedra fundamental de um novo tempo, o mesmo novo tempo que já vivem, há vários anos, Israel, os Emirados Árabes, a Arábia Saudita, a Espanha e o Estado da Califórnia, nos EUA

Desabou

Em 2020, segundo revelou o IBGE, as vendas do comércio varejista no Ceará caíram 5,8%. Pior resultado do varejo nos 27 estados brasileiros. Parece que o cearense usou o Auxílio Emergencial mais para poupar e menos para consumir.

Liderança temporária

Recuperando-se da Covid-19, sem poder exercer suas funções estatutárias, o presidente da Federação da Agricultura do Ceará (Faec), Flávio Sabóya, foi substituído temporariamente pelo vice, Rodrigo Nogueira Diógenes, que tem a simpatia dos seus pares. Substituição aprovada pela diretoria plena da Faec, que se reuniu ontem.

Lava Jato

Maior operação anticorrupção já realizada no Brasil, a Lava Jato morreu, seu atestado de óbito está sendo assinado por junta de especialistas do STF e sua consequência será esta: os acusados, presos ou não, condenados ou não, serão perdoados e devidamente indenizados com dinheiro do ludibriado contribuinte.