Afinal, quem está certo nesta crise sanitária e econômica?
O Governo do Ceará, que restringiu em todo o Estado a atividade industrial, incluindo a da construção civil, ou o de São Paulo, que ontem, segunda-feira, 23, anunciou, pela voz do seu próprio governador, a permissão para a operação de toda a sua indústria, principalmente a da construção civil?
Uma análise fria e racional - embora subjetiva - da questão favorece o Governo cearense, que reduziu ao mínimo o funcionamento de alguns setores da indústria, do comércio e dos serviços, sob o argumento de que é o isolamento social - isto é, todos em casa - que impede a proliferação do coronavírus.
Outro argumento a favor: enquanto a decisão do Governo do Ceará foi eminentemente técnica - tomada com base na orientação da OMS, do Ministério da Saúde e de sua própria Secretaria da Saúde, com o apoio das entidades empresariais - a do Governo de São Paulo teve e tem por trás o projeto político do seu governador, que, com o apoio da grande mídia, tenta, de modo oportunista, emergir no meio desta pandemia como o anti-Bolsonaro.
Neste momento de gravíssima crise, todos deveriam estar a favor do interesse da população brasileira e não contra alguém ou alguma coisa.
Quando esta crise passar, os historiadores dirão quem teve razão.
CORONAVÍRUS
Seguindo as pegadas do Sistema Fiec (indústria), o Sistema Faec-Senar (agropecuária) adotou desde ontem o modo "home office".
E mais do que isso: suspendeu, até segunda ordem, todas as ações de Formação Profissional Rural, dias de campo, oficinas e encontros presenciais do curso de agronegócio.
A propósito: a Confederação Nacional da Agricultura (CNA) doou R$ 5 milhões ao Ministério da Agricultura para o combate ao coronavírus.
ÉTICA
Novidade na Companhia de Cimento Apodi, que lançou o seu Canal Ético.
Por meio dele, a empresa receberá "relatos de possíveis desvio de conduta que caracterizem violação do seu Código de Ética e Conduta".
Exigência da governança corporativa.
CREDIAMIGO
Prestações do Crediamigo, vencidas de 19 de março a 18 de abril estão prorrogadas por 90 dias.
É o que inorma seu administrador, o Banco do Nordeste (BNB)
A COISA ESTÁ FEIA.
Precisa ser revista e regularizada a decisão do Governo do Ceará de fechar a indústria, o comércio e o setor de serviço.
"A situação está ficando caótica, pois sobe o número de empresas desses setores que estão quebrando por falta de receita", diz um industrial com indústria fechada.
E o que fazer?
Resposta dele:
"É só copiar o que fez São Paulo".
E OS BANCOS?
Até agora, os bancos não deram o ar da graça nesta crise causada pela pandemia do coronavírus.
Só no ano passado, eles tiveram um lucro superior a R$ 70 bilhões - muito dinheiro em qualquer idioma do mundo.
Os bancos e seus controladores pensam o que mesmo desta crise?
Há um silêncio ensurdecedor vindo da banca.
Isto é ruim