O Brasil é hoje o país do desperdício, desde 1500 deixamos muitas de nossas riquezas naturais se esvaírem. Não fomos cuidadosos com a nossa terra e com a nossa população. Os preconceitos e o racismo existem até hoje, é estrutural na formação da nossa sociedade, o que nos exige trabalhar pelo antirracismo.
O desgoverno, a gestão calamitosa das capitanias hereditárias em vários estados deste país do desperdício. O povo, nosso fruto maior, foi abandonado.
Temos artistas e esportistas talentosíssimos, mas alguns deles são deixados para trás e outros acabam não sabendo lidar com o seu potencial e com a chance de render e desempenhar o seu melhor.
No futebol, hoje, temos o caso de um jogador que se auto sabota e entra para o time dos que desperdiçaram o próprio talento. E isso se dá pela má/ falta (de) educação, pela soberba e pela ganância.
O documentário “O Caos Perfeito”, do Netflix, retrata muito bem a história de um homem triste, aos 29 anos. Uma celebridade do esporte que não soube lidar e conviver com a riqueza material e que gasta o seu tempo com futilidades e excessos capitalistas.
Os gols que já nos encantaram hoje estão escassos, ele que vestiu a camisa 10 do Santos e da Seleção Brasileira poderia ter sido o jogador brasileiro a conquistar um espaço próximo à majestade do Rei Pelé.
A humildade de Pelé contrasta com a arrogância de Neymar, a garra e o prazer de jogar futebol que o Rei tinha não foi perpetuado por este outro jogador.
É uma pena ver que o país que eu um dia achei que fosse o país do futuro, o que escutei durante a minha infância, tenha se tornado o país do desperdício. Rogo a todos os santos que 2022 seja o ano que trará a possibilidade de mudança, que possa nos trazer a esperança de que novos tempos, com ações positivas que ainda podem acontecer.
A educação e distribuição de renda são meios de acabar com a fome do povo, que tem sofrido tanto e se alimentado de osso. E que a mentalidade dos brasileiros e dos seus governantes se volte para a preservação do nosso meio ambiente, com o nosso verde conservado. Para assim termos oxigênio, frutos e água para sobrevivermos. Viva o país que ainda pode ter um futuro!
*Esse texto reflete, exclusivamente, a opinião do autor.