2022 começou numa segunda feira, dia da semana que é típico de se iniciar algo novo ou retomar a rotina após uma pausa de descanso do fim de semana, apesar de que nem todos têm folga aos fins de semana. Assim como nós esportistas que treinamos/trabalhamos o ano todo, sem folgas longas, mas com poucos dias espaçados ao longo do ano.
Esta primeira semana do novo ano teve o retorno da competição do NBB, e o meu time jogaria no dia 03/01, porém a Covid-19, que segue infectando a população com as suas mutações, que acontecem por conta da vacinação desigual no mundo. Ainda têm regiões, como na África e na Índia que a porcentagem de vacinados é bem baixa. E isso afeta todos os países, e aqui no universo do basquete somos impactados também, a nossa partida primeira partida de 2022 seria contra a equipe do Rio Claro, mas foi cancelada, pois 9 jogadores, do time adversário, testaram positivo para a Covid-19, e com isso vencemos a partida por W.O, conforme determina o regulamento da competição.
A variante do Covid-19, a Ômicron, é o vírus que se propaga mais rapidamente na história, segundo infectologistas americanos da universidade de Massachusetts. Ele já acomete 25% da população mundial no momento. Esta semana o número de pessoas infectadas no mundo bateu o recorde e chegou a 2,4 milhões. E além disso também há um surto de Influenza concomitante à Covid-19 neste momento. Por isso, se manter recatado e se precaver com o uso de máscara e distanciamento social continua sendo extremamente necessário.
E no esporte é necessário estar com a saúde em perfeito estado para competir profissionalmente e seguirmos trabalhando. Eu, como técnico de basquete tenho redobrado os cuidados no meu dia-a-dia por conta destes vírus, que também acometeram alguns dos meus jogadores, 8 tiveram uma gripe forte e 1 teve Covid-19. Fora da quadra eu também me dedico aos que estão enfermos dando suporte afetivo. Sou, além de técnico, uma pessoa humana, dou um suporte médico, psicológico e carinho para que se sintam reconfortados. Ser profissional e humano é ir muito além da sua função determinada no “papel”, é fazer o que é necessário pelo grupo/time.
Mas também preciso me cuidar e me dedicar a mim. Para poder passar a minha coragem aos meus atletas e ultrapassar/superar os meus medos. Também é preciso escutar os meus atletas, mais do que falar, é preciso ouvi-los também, para entender como podemos melhorar e ajustar o que é necessário para o grupo, é uma troca de experiências e um aprendizado para mim também.
Ser generoso faz parte do processo da luta para que todos sejam imunizados contra os vírus e as energias ruins que estão pelo ar. Busco a estabilidade e a saúde mental, minha prioridade é ter bem estar emocional. É preciso me cuidar para poder cuidar das pessoas com as quais convivo, meus atletas, e na vida pessoal, minha família, que também cuida muito bem de mim. Nós, seres chamados humanos, estamos interligados e somos sem sombra de dúvida dependentes uns dos outros, então não adianta olhar só para si.
Viva a vida em comunidade e seja solidário!
*Esse texto reflete, exclusivamente, a opinião do autor.