O presidente Jair Bolsonaro, crítico inclemente de ONGs e outras entidades que tomam cuidado com o ambiente natural - o mais vital dos patrimônios coletivos -, capaz de fazer piadas contra indígenas e quilombolas, criativo para tentar tirar dos ombros da gestão dele o peso de queimadas, capaz de emitir mensagens amistosas para garimpeiros irregulares, tem uma grande adversária na cúpula global da ONU sobre o clima.
Chama-se Greta Thunberg.
"Grande" é forma de dizer.
É que, apesar da estatura política que exibe, Greta - uma mirrada menina suíça - tem apenas 16 anos. Mas é justamente a grandeza, não a idade, que permite a ela passar descomposturas sonoras nos governantes que deveriam ter, mas não têm, responsabilidades para com o futuro do planeta.
Pensando bem, a idade conta, sim. Afinal, só jovens, com o coração ousado que lhes bate no peito, têm condições de puxar orelhas de líderes como Bolsonaro.