Palavras do presidente Jair Bolsonaro numa postagem em rede social no último dia 27, por ocasião de efeméride relevante para a democracia: "Dia Internacional de Memória do Holocausto (75 anos da libertação de Auschwitz). Brasil constrói amizade sem precedentes com Israel e com o povo judeu. Trabalhamos para combater o anti-semitismo (sic) que, muitas vezes, se esconde por trás do anti-sionismo (sic)". Em outro texto, ele se expressou desse modo: "Assim honramos a memória das vítimas do holocausto e contribuímos para a esperança da paz".
Trata-se, em radical oposição, de pronunciamento que confronta a essência de manifestação em meados do mês do então secretário Nacional de Cultura, Roberto Rêgo Pinheiro - o vulgo "Roberto Alvim" -, adornado com badulaques despudoradamente copiados de fala de Joseph Goebbels, ministro da Propaganda da ditadura nazista (1933-1945) de Adolf Hitler - que chegou a substituir nos dias 30 de abril e 1º de maio de 1945, como sucessor, o líder que havia se suicidado, fim que também deu a si e à esposa e aos filhos.
O posicionamento do presidente foi tímido diante da escandalosa gravidade do que cometeu Alvim, algo que supera as fronteiras do teatro, ambiente de onde provém o ex-secretário, e despenca vergonhosamente na seara do crime - previsto na lei 7.716/89, que destaca no artigo 1º que "Serão punidos, na forma desta Lei, os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional" e define no primeiro parágrafo do artigo 20 que "Fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo" é ilegal no Brasil. E Roberto Alvim o fez utilizando, pasme!, dinheiro público numa canhestra produção de vídeo.