Vamos começar esta jornada das eleições 2020 pelas principais cidades do País. Nas próximas semanas, vamos falar dos candidatos que vão disputar o voto nos maiores colégios eleitorais.
Nosso ponto de partida: São Paulo, a capital mais populosa do Brasil que os cearenses e outros nordestinos ajudaram a construir no século passado. Na capital paulista, são quase 9 milhões de eleitores aptos a votar. Ou seja, uma única cidade tem quase a população de todo o Estado do Ceará.
A disputa vai acirrada na terra da garoa. O atual prefeito é Bruno Covas, do PSDB. Ele era vice de João Doria, que renunciou em 2018 para concorrer e foi eleito governador do Estado. João Doria vai ser o principal cabo eleitoral de Bruno Covas, afinal, o governador quer tentar ser presidente da República em 2022.
A pedra no sapato no plano de reeleição de Bruno Covas chama-se Celso Russomanno, do partido Republicanos. Ele é um jornalista de TV, já tentou ser prefeito nas últimas eleições, mas perdeu. Atualmente Russomanno aparece em primeiro lugar nas pesquisas Datafolha e Ibope. Ele conta com o apoio do presidente Jair Bolsonaro e tem a simpatia dos evangélicos
Mas a vida nao vai ser fácil para Russomanno. Bruno Covas tem uma coligação ampla: são 10 partidos apoiando o tucano. Além disso, o prefeito tem mostrado muita resistência. Desde o ano passado, ele enfrenta um câncer, já fez diversas sessões de quimioterapia, e teve Covid, mas não desistiu da candidatura
Além de Covas e Russomanno, também há outros nomes no páreo. A esquerda aposta em Guilherme Boulos, do Psol, que foi candidato a Presidente em 2018. A vice dele é a veterana Luiza Erundina, uma paraibana que conseguiu ser prefeita de São Paulo em 1989.
Já o PT está isolado em São Paulo. O candidato do ex-presidente Lula é Jilmar Tatto, que não tem conseguido empolgar a militância nem atrair apoiadores de outras legendas. Outro candidato é o ex-governador Márcio França, do PSB. Ele tem o apoio do PDT de Ciro Gomes.
A corrida eleitoral só está começando e vamos ficar de olho nas estratégias dos candidatos, nos números das próximas pesquisas e nas reações dos eleitores. Não só de São Paulo, mas de outras capitais de nosso País.