Samsung inicia produção de smartwatches no Brasil para aproveitar o boom das vendas também por aqui

Presente no Brasil há 33 anos, empresa reforça comprometimento com o País e investe na fabricação local de smartwatches em sua fábrica de Manaus (AM)

Legenda: Smartwatches como o Galaxy Watch Active2 serão fabricados em Manaus pela Samsung
Foto: Divulgação

A Samsung anuncia, nesta quarta-feira (22), o início da produção de smartwatches na fábrica localizada em Manaus, no Amazonas. "A Samsung está diretamente conectada ao povo brasileiro. O investimento na produção local de smartwatches não só reforça, como também expande nosso vínculo com o País, onde já temos produção consolidada de diversos tipos de produtos. Temos orgulho de fazer parte deste desenvolvimento tecnológico e estamos focados em, cada vez mais, ampliar nossa atuação no Brasil", afirmou Antonio Quintas, vice-presidente da divisão de dispositivos móveis da Samsung Brasil.

A produção de smartwatches na fábrica de Manaus (AM) já teve início e, neste momento, contempla o Galaxy Watch Active2, em versões LTE de 44mm (preto) e 40mm (rosé), e BT de 44mm (preto e prata), Galaxy Watch Active (preto, prata e rosé) e Galaxy Fit E (preto e branco). O Active2 hoje está custando entre R$ 1.529-R$ 1.699. O Active está saindo entre R$ 918 até R$ 1.670. Finalmente, o Fit E R$ 169 a R$ 278. 

Além da fábrica localizada em Manaus, a Samsung conta uma unidade fabril em Campinas (SP). Há mais de 20 anos a empresa fabrica localmente produtos como smartphones, notebooks, tablets, TVs e aparelhos de linha branca. Agora chegou a hora dos relógios inteligentes.

Crescimento nas vendas de smartwatches no Brasil

O início da produção de smartwatches na fábrica da Samsung localizada em Manaus ocorre em um momento de ascensão do interesse dos brasileiros por este perfil de dispositivo. De acordo com o estudo IDC Quarterly Wearable Device Tracker - Q12020, o primeiro trimestre deste ano registrou aumento de 218% na venda de Smart Wearables (Smartwatches entre eles) no Brasil em comparação ao mesmo período de 2019. Em relação ao mercado de Basic Wearables (Fitness Band), com dispositivos como Galaxy Fit E, o crescimento no período foi ainda maior, alcançando 321%. E esta é a razão pela qual a Samsung está investindo em smartwatches produzidos localmente: para atender às necessidades dos consumidores neste novo setor.

Mas vai cair mesmo o preço?

A tendência é essa. Ao menos na teoria deveria cair, mas ninguém nunca sabe ao certo. Questionamos a Samsung para saber se haverá queda de preços e de quanto seria. A resposta foi que a empresa quer "entregar o melhor custo-benefício para o consumidor é prioridade para a Samsung e ter uma produção local nos dá mais possibilidades de inovar, customizar e atender as reais necessidades dos brasileiros, independentemente do cenário macroeconômico". Sem definição de percentual de queda. Sem prometer o que pode, mais na frente, não conseguir entregar.

Rivais

A Samsung está entrando neste mercado também, muito certamente, vendo relógios e pulseiras inteligentes de rivais chineses que povoam o mercado nacional aos montes. A mais famosa e de maior qualidade são as da chinesa Xiaomi. As MiBands que já vão chegar a quinta geração, e os relógios inteligentes da Xiaomi fazem muito sucesso entre brasileiros. Não só pelo preço, mas também pela qualidade dos produtos. 

Questionei a assessoria de imprensa da Samsung no Brasil de quantos por cento será a queda nos preços dos produtos fabricados aqui. Ficaram de responder. Sem uma queda vertiginosa não vejo como os produtos sul-coreanos baterem de frente com os chineses. Apesar dos produtos da Samsung terem bastante qualidade, os produtos chineses não ficam tão atrás. E se analisarmos os da Xiaomi veremos que estão equiparáveis. Talvez os da Samsung até superem os da Xiaomi em beleza, mas em rendimento serão equivalentes e, ouso dizer, até que os da empresa da China são melhores. E se você analisar a questão do custo x benefício, então. 

Além disso, se olharmos para o mercado prêmio, os Apple Watch são os mais vendidos no mundo e trazem vários recursos interessantes. O preço não é convidativo, mas não o tem também o valor pago no relógio inteligente premium da Samsung. Porém, neste mercado específico, não é o preço que conta tanto, mas as funcionalidades e a geração de desejo (Apple é imbatível nisso, certo?). 

Vamos acompanhar a movimentação e torcer para que o mercado fique animado e que o preço caiba no bolso de mais compradores brasileiros.