Depois de renunciar à presidência, cargo que exerceu por 14 anos, Morales pretendia se candidatar por Cochabamba (centro), região que abriga o território produtor de folha de coca de Chapare, seu reduto eleitoral
Morales monitora seu partido como chefe de campanha a partir de Buenos Aires, onde está asilado
Na última terça-feira (21), quando uma possível candidatura começou a ser ventilada por aliados, Áñez disse que não entraria na briga eleitoral e que tinha cumprido seu papel ao convocar as eleições que serão realizadas daqui três meses
Nesse domingo (19), Evo anunciou, em Buenos Aires, que o candidato de seu partido, o MAS (Movimento ao Socialismo) nas eleições de 3 de maio será o ex-ministro da Economia, Luis Arce, com o ex-chanceler David Choquehuanca na vice-presidencia
Evo deixou o cargo em 10 de novembro, após semanas de protestos por conta de suspeitas de fraude nas eleições de 20 de outubro, na qual ele disputou o quarto mandato seguido
O ex-presidente está refugiado na Argentina
As eleições de 20 de outubro foram marcadas por idas e vindas e acusação de fraude que, após protestos e ameaças, culminou na renúncia de Evo Morales
Andrónico Rodriguez é vice-presidente das Federações de Cocaleiros de Cochabamba, presididas por Evo
Parlamentares se reunirão ainda nesta quarta para tentar estabelecer um caminho para o novo pleito e para neutralizar a violência que tomou conta do país desde outubro, manchado por acuações de fraude e que jogou a Bolívia em uma profunda crise
A Bolívia vive uma grave crise política, que começou quando a oposição e observadores internacionais acusaram Morales de tentar ficar no poder para um quarto mandato consecutivo por meio de uma disputa fraudada nas urnas em 20 de outubro