Elon Musk decidiu, mais uma vez, comprar o Twitter. O movimento ocorre três meses após o bilionário desistir da aquisição por desentendimentos com a empresa e pouco antes de ambos se enfrentarem na Justiça por isso.

A informação está sendo divulgada nesta terça-feira (4) por agências e jornais norte-americanos como Reuters, Bloomberg e Washington Post.

De acordo com a imprensa estrangeira, a proposta de Musk é de manter a oferta de US$ 44 bilhões (o equivalente a R$ 230 bilhões) pelo Twitter. A compra é vista como arriscada e já prejudicou a marca, uma vez que coloca a pessoa mais rica do mundo, literalmente, no comando de uma das plataformas midiáticas mais influentes da atualidade.

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Nem o bilionário nem a empresa se manifestaram oficialmente ainda. Contudo, segundo uma fonte que está "familiarizada com as negociações", Musk teria enviado ainda na noite de ontem (3) uma carta ao Twitter propondo encerrar todos os litígios e resolver a situação.

Desconfiados de outro "revestrés" do bilionário, os acionistas da empresa, conforme a fonte, ainda avaliam a proposta.

Entenda a confusão

O acordo de venda do Twitter foi concluído no dia 25 de abril. A plataforma tinha aceitado a oferta de Musk de US$ 44 bilhões. O bilionário, dono da Tesla e da SpaceX, assíduo usuário do Twitter, queria ter o controle da rede social para tratar questões de "liberdade de expressão" e eliminar anúncios e bots de spam. 

Ele chegou a falar em seu perfil sobre a intenção de tornar o algoritmo do Twitter de código aberto, o que daria mais transparência à forma como a plataforma opera e sobre o que é mostrado aos usuários. 

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Contudo, em julho, Musk recuou da proposta, alegando que ocorreu uma "violação material" de partes do acordo com a empresa. Ele disse, por exemplo, que não conseguiu saber mais sobre o volume de contas de spam na rede social.

O abandono da compra fez o Twitter entrar na Justiça contra Musk para forçá-lo a cumprir o acordo. Um julgamento no Tribunal de Delaware está marcado para 17 de outubro.