Como mudar de carreira depois dos 30
Repensar a profissão ou mesmo tentar uma nova requer organização e planejamento
Decidir uma carreira muito jovem pode trazer uma série de dúvidas quanto à certeza de qual profissão exercer. Fazer novas tentativas pode não ser fácil, mas é possível mudar mesmo depois dos 30 ou 40 anos.
O ponto inicial é identificar alguma habilidade que tenha, de acordo com o psicólogo e gerente da Unidade de Atendimento do IDT/SINE Papicu, Hilário Sousa. “De repente, coisas que até outras pessoas identificam em você, aptidões, características de personalidade, tem que saber os pontos fortes de cada pessoa e colocar isso pra frente”.
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Para Valéria Mota, gerente executiva de seleção na MRH Gestão de Pessoas e Serviços, é preciso ainda questionar por quais motivos aquela indecisão acontece.
“Questione para que você quer mudar de profissão, é pela questão financeira ou pelo talento? Quais competências técnicas e comportamentais vão dar repertório para essa nova carreira? O que vale é a clareza de propósito”.
Organize-se
Com isso, é possível elaborar um plano de ação sobre quais vão ser os próximos passos, seja fazer um novo curso ou faculdade, por exemplo. “É preciso definir o trajeto para chegar no objetivo, o que requer muita organização”, pontua Mota.
Além disso, é preciso fazer uma organização de finanças, pois mudanças como essa necessitam de um suporte financeiro. Então, é ideal fazer um planejamento para montar uma reserva de emergência, por exemplo.
É necessário ainda analisar de que forma é possível fazer das suas habilidades um negócio próprio ou quais carreiras podem ser consideradas. “Identificar essas ações que você gosta de realizar e encontrar uma profissão que você possa desenvolver isso, por exemplo, uma pessoa que tem afinidade com computadores, exercer uma profissão que tenha a ver com isso”, explica.
Nada é definitivo
Para Hilário, outro ponto importante é a pessoa compreender que nada é definitivo. “Nós mudamos muito o tempo todo, até nosso paladar muda. Esse caminho pode ter desvios e não tem nada de errado com isso”.
“Sempre achei muito nocivo o fato de termos que escolher uma profissão aos 16 e 17 anos, porque a gente tem uma visão muito limitada do mundo. Uma dica que sempre dou para quem não sabe o que fazer, é começar escolhendo o que não quer de jeito nenhum”, acrescenta.