Vitórias que abrem novos caminhos

Uma noite de sucesso, de retomada, de novas esperanças. No Estádio Serrinha, em Goiânia, o Ceará goleou o Goiás (0 x 4) e agora volta a flertar com a pré-Libertadores. Um Vina onipresente, onipotente. Dele o passe para o gol de Lima (0 x 1). Dele o passe para o gol de Fernando Sobral (0 x 2). Dele o gol de pênalti (0 x 3). Dele o gol que fechou o placar (0 x 4). Não é preciso dizer mais nada. No Castelão, noite de Felipe Alves na importantíssima vitória sobre o Santos (2 x 0). Por que Felipe Alves, o herói? Ora, amigos, no final do primeiro tempo, quando ele pegou o pênalti batido por Jean Mota, pegou também o fantasma que iria assombrar o Fortaleza na etapa final. A defesa dele trouxe moral para o grupo. Trouxe a confiança em algo melhor para o destino tricolor. Aí o Fortaleza foi para cima como nos velhos tempos. O pênalti em Osvaldo abriu as portas para Juninho converter e marcar 1 a 0. Um pouco de inquietação ainda quando Vázquez e David perderam duas grandes oportunidades. Mas do banco veio a cena de final feliz: passe magistral de Yuri César para o golaço de Wellington Paulista. Pronto. Concluída a noite exitosa do futebol cearense. A noite das novas esperanças.

Imprevisível 
A Série A está eivada de resultados e situações inesperadas, gerando incômodos e incertezas até mesmo entre os clubes que estão no G-4. A goleada sofrida pelo São Paulo, em casa, na vitória do Inter (1 x 5), foi algo fora da percepção até dos mais argutos especialistas. Que coisa!

Insegurança 
O caso dos treinadores ainda é mais surreal. Abel Braga, técnico do líder Internacional, já está descartado. Dirige o time só até a última rodada da atual competição. O novo presidente do clube, Alessandro Barcelos, já contratou o técnico espanhol Miguel Ángel Ramírez. Esquisito.

Corda bamba 
O técnico do Flamengo, Rogério Ceni, mesmo com o time no G-4, andou pendurado após a derrota para o Ceará. Foi mantido. Ontem, com a vitória sobre o Palmeiras, aliviou as tensões. E Fernando Diniz, que liderou o certame com o São Paulo até anteontem, também está pendurado.

A vida de treinador é uma eterna incerteza. Se os que estão nas primeiras posições padecem insegurança assim, imaginem os que estão dirigindo equipes próximas do Z-4 ou dentro dela.

Mas com chances de sair? O treinador da determinada equipe vai do céu ao inferno em poucas rodadas numa competição como esta. De herói a vilão em pouco tempo. Isso é vida para louco.