O jornalista José Maria Melo, durante décadas, escreveu no Diário do Nordeste a coluna “Vaivém do Aeroporto”, depois chamada apenas de “Vaivém”. Era a cobertura permanente de embarques e desembarques de autoridades, celebridades, enfim, pessoas de destaque na sociedade. Os clubes cearenses estão passando por uma espécie de vaivém interminável. Lembrei trecho de uma música imortalizada pelo saudoso cantor Agnaldo Timóteo: “A Casa de Irene, de noite e de dia, tem gente que entra, tem gente que sai”. Dirão talvez que fui infeliz na colocação, porquanto comparando os nossos times com uma casa de encontros. Maldade de quem pensar assim. Estou me referindo apenas ao movimento intenso de saída e chegada de jogadores. O repórter André Almeida tem dado um baile, rastreando as intervenções dos nossos clubes em busca de reforços. E, claro, atento também aos atletas que estão de malas arrumadas para seguir. Hoje em dia, a transitoriedade no futebol não permite esquentar banco. Longe o tempo em que os jogadores permaneciam quinze anos num só clube. Acho que os últimos que passaram períodos longos assim foram Zico no Flamengo e Roberto Dinamite no Vasco.
Impressões
Entre os que estão retornando, constam caras novas e caras manjadas. Uns, como dizem os narradores esportivos, passarão de passagem. Outros poderão ser reincorporados. Acho muito difícil o reengajamento. No momento, as perspectivas não permitem uma avaliação segura sobre quem fica e quem sai.
Raiz
Está sendo chamada de Raiz camisa coral que traz de volta as lembranças dos primórdios do Ferroviário. Tem meu aplauso quem zela pela história e tradição de um clube. A camisa raiz do Ferroviário eu vi na década de 1950, quando lá atuavam, Juju, Nozinho, Manoelzinho, Nirtô, Macaúba, Pipi, Macaco, Pacoti, Aldo e Zé de Melo, dentre outros.
Reabertura
O prefeito Sarto Nogueira garantiu ontem que o Estádio Presidente Vargas será reaberto ao público no mês de março de 2022. Explicou que os trabalhos estão em ritmo acelerado. A afirmação foi feita quando da entrevista que ele deu ao programa Paulo Oliveira. Só assim será aliviada a carga de jogos prevista para o próximo ano no Castelão.
História
O conselheiro do Fortaleza, engenheiro Cássio Borges, hoje com 88 anos de idade, escreveu um artigo interessante sobre a campanha dos “2.000 sócios” do clube, idealizada por ele em 1978, quando o time passava por séria crise financeira, a ponto de não ter dinheiro sequer para quitar uma dívida com a empresa telefônica. Comentarei o assunto amanhã.