Um final de ano como nunca houve no futebol

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Foto: Lucas Figueiredo/CBF

No dia 18 de dezembro, às 12:00 (horário de Brasília), haverá o encerramento da Copa do Mundo no Qatar. O Estádio Icônico de Lusail será o cenário da grande final. Pela primeira vez na história, uma Copa do Mundo acontecerá nos dois últimos meses do ano. Aliás, praticamente um encadeamento de decisões porque a Série A do Campeonato Brasileiro terá sua rodada final no dia 13 de novembro, enquanto a Série B terá a sua rodada derradeira no dia 05 de novembro. Apesar das dificuldades previsíveis, mantenho otimismo diante dos fatos.

No plano interno entendo que Fortaleza e Ceará têm condições de permanecer na elite. Tomo por base a produção dos concorrentes da parte baixa: não são melhores que os tricolores e os alvinegros daqui. Se o Leão e o Vozão alcançarem uma certa regularidade, normalmente se manterão fora da zona de degola. Se, porém, houver contínua oscilação, aí sim poderão ser vítimas de situações irreversíveis. No plano externo, entendo que a Seleção Brasileira tem potencial para chegar ao título de hexacampeã mundial. Formei tal juízo, após ver os atuais jogos da Liga das Nações. Sei, porém, que, na Copa do Mundo, muita coisa muda. E, não raro, as surpresas acontecem.  

Título 

O atacante Neymar está com 30 anos de idade. Tem mais uma chance para sagrar-se campeão mundial pela Canarinho, coroando a sua vitoriosa carreira. Se não ganhar o título de campeão agora, certamente ainda terá mais uma chance na próxima Copa do Mundo, em 2026, quando estará com 34 anos de idade. A meu ver, a hora é agora. 

Tricampeão 

Pelé nasceu no dia 23 de outubro de 1940. Com 17 anos, ganhou seu primeiro título mundial pelo Brasil. Quando conquistou o tricampeonato mundial no México, Pelé estava com 29 anos de idade. A final da Copa de 1970 foi no dia 17 de junho. Pelé completaria 30 anos no dia 23 de outubro. Poderia ter disputado a Copa da Alemanha em 1974, mas em 1971 resolveu deixar a Seleção Brasileira. 

Sem título 

Nem todos os grandes ídolos do futebol mundial conseguiram cravar um título de Copa do Mundo em suas carreiras. No Brasil, Leônidas da Silva, Zico, Sócrates, Zizinho, Ademir da Guia, dentre outros, encerraram suas participações sem o gosto de uma conquista assim. No plano internacional, jogadores excepcionais como Eusébio, Di Stéfano, Cruijff e Puskás também passaram batidos. 

Fenômenos 

Será que a Copa do Qatar revelará ao mundo uma seleção revolucionária? Na história das Copas, na minha opinião, houve apenas cinco seleções extraordinárias que revolucionaram os modelos futebolísticos: a da Hungria de 1954, a do Brasil de 1958, a do Brasil de 1970, a da Holanda de 1974 e a da Espanha de 2010.



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