Reviravolta e salto de qualidade do Fortaleza

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Foto: Thiago Gadelha/SVM

Lanterna. Apreensão. Quando terminou o turno da Série A, o Leão se apresentava como sério candidato ao rebaixamento. Muitos já pediam a cabeça do técnico Juan Pablo Vojvoda. Conheci torcedores que já haviam assumido o caso como perdido. Mas o presidente Marcelo Paz bancou a permanência do treinador. Tinha convicção de que o time estava na lanterna, mas tinha potencial para reagir. Acertou.

Quando o returno começou, o verdadeiro Fortaleza deu o ar de sua graça. Danou-se a vencer. De uma lapada só, ganhou cinco partidas: 15 pontos. Depois deu bobeira diante do Botafogo e acabou perdendo três pontos que seriam seus. Agora, voltou a se estabelecer. A vitória sobre o Goiás, na Serrinha, foi o desdobramento da virada sobre o Flamengo. Deu moral. O time entrou no campo do Goiás como se fosse o dono da banca. E se estabeleceu. Que bola tem jogado Lucas Sasha! Teve destacada atuação. Agora, o olhar do Fortaleza é para frente. E para cima. O incrível salto de qualidade serve como lição. Sonhe grande, mesmo estando na lanterna. Aí veja o que acontece.  

O contrário  

O Ceará está fazendo exatamente o percurso inverso: enquanto o Fortaleza sobe de posição, o Ceará desce. E desce de uma forma perigosa porque soma a péssima apresentação coletiva com o comprometimento individual. Sai Vina, entra Vina. E nada. Sai Lima, entra Lima. E nada. Um time perdido, sem saber de onde vem, onde está e para onde vai.  

Ruindade dupla  

Eu não sei em qual das duas recentes partidas o Ceará jogou pior: se na quarta-feira no Estádio Couto Pereira, em Curitiba, quando derrotado pelo Coritiba, ou se no jogo no Castelão, quando derrotado pelo o América de Minas Gerais. Parecia jogo de crianças em campos infantis: todos correm atrás da bola e nada produzem.  

Risco iminente  

A nove partidas do fim do Campeonato Brasileiro, os riscos de o Vozão ser rebaixado existem e são palpáveis. O primeiro motivo é o time não ligar pé com cabeça. Um emaranhado de atletas que já sentem os calafrios de uma degola. Depois da esperança, com aquele empate diante do Flamengo no Maracanã, veio só desencanto. O medo de algo pior existe.   

Adversários  

Pela ordem, o Ceará terá o Goiás aqui. Depois, o Atlético no Mineirão. Aí receberá o Cuiabá. Pega o Goiânia lá. Depois o Inter no Beira-Rio. Na sequência, vem o Fluminense. Pega o Corinthians em São Paulo. No Ressacada, o Avaí. Encerra sua participação diante do Juventude no Castelão. O medo de cair é assustador, pois o time está jogando pedrinhas na lua.



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