O contraste inexplicável da produção alvinegra

Leia a coluna desta sexta-feira (6)

Legenda: Tom Barros comenta sobre o contraste da produção alvinegra.
Foto: Kid Júnior/SVM

O Ceará vai muito bem na Copa Sul-Americana. O Ceará não vai nada bem na Série A nacional. Na competição internacional, o Vozão tem 100% de aproveitamento. Na disputa doméstica, o Ceará é apenas o 15º colocado. Um contraste inexplicável.

A previsão para amanhã, na Arena da Baixada, diante do Athletico-PR, é de muita dificuldade. As duas equipes fazem campanhas semelhantes, mas o Ceará tem um jogo a menos. A contusão de Fernando Sobral obrigará o técnico Dorival Júnior a repensar o sistema de marcação.

No jogo passado, esse sistema não foi bem. O Bragantino, no primeiro tempo, passeou no campo alvinegro sem ser importunado por ninguém. O Vina, jogando na frente, desapareceu. Ele é produtivo quando participa da construção de jogadas, atuando mais atrás.

Dorival demorou um tempo inteiro para corrigir um modelo que não estava dando certo. O Nino Paraíba gera melhores incursões pela direita. Nino também demorou a entrar. Síntese: o Ceará demorou meio tempo para começar a jogar. É preciso que, amanhã, desde o início, o Ceará assuma o seu papel. Nas derrotas para o Botafogo e Bragantino, o Ceará somente despertou, quando já estava no prejuízo. Não vingou. 

Ruim nas duas 

O Athletico-PR não vai bem nem na Série A nacional nem na Copa Libertadores. É verdade que a Copa Libertadores tem nível mais elevado que a Copa Sul-Americana, onde está o Ceará. Mas a insatisfação no clube paranaense ganhou dimensões incontornáveis, após a goleada sofrida (5 x 0) diante do The Strongest.  

Sem ilusões 

A crise no Athletico, com a consequente demissão do técnico Fábio Carille, não significa menores dificuldades para o Ceará amanhã. Eu coloco no rol dos resultados atípicos a goleada sofrida pelos paranaenses em La Paz. Na Baixada o Athletico sabe tirar proveito da situação. O Ceará não se iluda com o que aconteceu em La Paz. Cada jogo tem sua própria história. 

Liga dos Campeões 

Vi pela televisão a espetacular classificação do Real Madrid, diante do Manchester City no Estádio Santiago Bernabéu. Real na final da Liga dos campeões. Além do show em campo, prestei atenção na superlotação do estádio, onde eu já estive algumas vezes. Capacidade para receber 81.044 torcedores.  

Diminuição 

Cada vez mais, quando vejo os grandes estádios do mundo, não me conformo com o que fizeram com o Maracanã, que hoje tem capacidade apenas para 78.838 torcedores. Encolheram o Maracanã que já foi o maior estádio do mundo. Em 1969, no jogo Brasil 1 x 0 Paraguai, o público no Maracanã foi de 183 mil torcedores. Incrível.