Os apagões acontecem em qualquer clube do mundo. Em plena Copa do Mundo, a Seleção Brasileira tomou de 7 a 1 da Alemanha, no Mineirão. E não foi mais porque os alemães aliviaram. Coisa recente, o Barcelona, do ídolo Messi, tomou uma goleada de 8 a 2, aplicada pelo Bayern de Munique. Na semana passada, o Flamengo deu vexame em Quito. Sofreu 5 a 0, goleada imposta pelo Independiente Del Valle, Equador. Então, o banho de bola sobre o Ceará saiu barato em 4 a 2, pois, sem exagero, a diferença poderia ter sido de sete ou oito gols. Passou. É atípico. Acidente de trabalho. Bola para frente que o Brusque está chegando. Dosar energias. Questão é saber como, na rotatividade, evitar a queda de qualidade. Não foram apenas as ausências iniciais de Fernando Sobral e William Oliveira que provocaram a deficiência do Ceará. Houve uma soma maior de fatores. Os jogos puxados diante do Flamengo e do Brusque, além das viagens, trouxeram a fadiga. Isso pesou. Mas não pode servir como argumento único. É preciso que o elenco busque manter o padrão, máxime quando da impossibilidade de atuação dos chamados jogadores de referência. Portanto, nada de pânico no Vozão.
Grandes
Na Série A nacional, os times considerados grandes são Flamengo, Vasco, Fluminense, Botafogo, São Paulo, Corinthians, Palmeiras, Santos, Grêmio, Internacional, Atlético-MG e Cruzeiro. No momento, fora o Cruzeiro porque na Série B. Então, dos onze times grandes o Fortaleza já enfrentou seis. Perdeu dois jogos. Empatou três. Ganhou um. Mas com os grandes fez quatro jogos fora de casa.
No Castelão
O Fortaleza recebeu o Botafogo (empate, 0 x 0) e o Internacional (vitória tricolor, 1 x 0). Fora de casa perdeu para o São Paulo (1 x 0) e para o Flamengo (2 x 1) e empatou com o Corinthians (1 x 1) e Grêmio (1 x 1). Detalhe: foi garfado no jogo com o Grêmio. E, numa avaliação geral, não mereceu perder do São Paulo e nem do Flamengo. Está bem o Leão.
Nova competição
O Fortaleza, em breve, terá maior desgaste, pois ingressará na Copa do Brasil nas oitavas de final. Aí entram os times da Libertadores: Athletico/PR, Corinthians, Flamengo, Grêmio, Internacional, Palmeiras, Santos e São Paulo; o campeão da Série B 2019, Bragantino; o campeão da Copa do Nordeste 2019, Fortaleza; e o campeão da Copa Verde 2019, Cuiabá.
Dois exemplos recentes no Castelão. O Flamengo poupou atletas diante do Ceará: perdeu. O Internacional poupou atletas diante do Fortaleza: perdeu. E notem que os reservas do Flamengo e do Inter nem são considerados reservas porque muito qualificados.
Quando o time está numa única competição, o desgaste é menor. Em duas competições pesará a força do elenco. Na rotatividade, quem tiver melhor elenco encontrará soluções mais adequadas. Mas, ainda assim, nem sempre a correspondência é na mesma medida.
